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Vacinas contra gripe custam de R$ 68 a R$ 180 na Capital

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Antecipada pela Secretaria de Estado de Saúde (SES), a vacinação contra a gripe nas unidades de saúde deve começar ainda nesta semana em Mato Grosso do Sul. Na rede privada de Campo Grande, os preços cobrados pela imunização contra a influenza podem variar de R$ 68 a R$ 180, conforme levantamento feito pela reportagem.

No Laboratório Bioclínico, a vacina custa R$ 68; na Clínica Imunitá, a dose tem o valor de R$ 130; e na Clínica Vaccini o preço do imunizante é de R$ 180.

Todas as clínicas particulares informaram que as doses são tetravalentes, ou seja, protegem contra os principais vírus em circulação atualmente, como as cepas da influenza A, H1N1, H2N3, e os dois principais tipos da influenza B, o Yamagata e o Victoria.

IMUNIZANTES

Cada empresa trabalha com um fabricante, como Abbott e Sanofi, porém, o Instituto Butantan teve a autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para o início da fase 3 do ensaio clínico da vacina influenza tetravalente QIV-B (inativada e fragmentada) há um mês, no dia 28 de fevereiro.

O instituto tem como objetivo avaliar a segurança, a imunogenicidade e a consistência de resposta imune nos lotes da vacina. O estudo será feito com 7 mil participantes, distribuídos por São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Ceará, Sergipe e Pernambuco.

O Butantan é que atualmente fabrica a vacina trivalente, que é a disponibilizada no Sistema Único de Saúde (SUS). A diferença das doses disponibilizadas pela rede pública de saúde para as vacinas das clínicas particulares está na cepa Yamagata, que não é utilizada no imunizante trivalente aplicado por meio do SUS.

REDE MUNICIPAL

A rede municipal de saúde de Campo Grande ainda não tem uma data definida para início da aplicação das doses contra a gripe. Segundo a assessoria da Secretaria Municipal de Saúde Pública (Sesau), a distribuição das doses está sendo feita e a estratégia adotada por Campo Grande deve ser anunciada nesta quarta-feira (29).

No entanto, o município ficou abaixo da meta de imunização contra a gripe do Ministério da Saúde em 2022. Enquanto a Pasta prevê uma cobertura de 95% para o público-alvo, a Capital teve apenas 43,40%.

Em 2021, apenas o público infantil, de seis meses a seis anos de idade, atingiu a meta do Ministério da Saúde. O restante dos grupos prioritários, como idosos e trabalhadores da saúde e da educação, que antes de 2021 sempre atingiam a meta, passou a ficar abaixo do esperado.

No ano passado, 128.139 pessoas se vacinaram contra a gripe pelo município. A Sesau chegou a estender a campanha de vacinação duas vezes, para tentar atingir o público prioritário, mas sem sucesso. Em virtude desse fator, a vacinação foi aberta para todos.

Em 2021, foram aplicadas 313.514 doses, isto é, mais do que o dobro aplicado no ano passado.

IMPORTÂNCIA

O pediatra Alberto Costa alerta que a vacina contra a gripe é de extrema importância e é indicada para todos acima de seis meses de idade.

O médico comenta que a época de imunização é exatamente agora, no início do outono, que é quando ocorre a transição do verão para o inverno, para que no momento de maior incidência do vírus a população já esteja imune.

“O vírus é inativado, fragmentado e a vacina não causam a doença. É uma vacina extremamente segura e eficaz, indicada mesmo para pessoas que estão tomando medicamento ou que possuem doenças crônicas. A única contraindicação é durante os processos febris agudos. Fora essa situação, todas as pessoas devem se imunizar contra a gripe”, reiterou Costa.

CAMPANHA

Oficialmente, a 25ª Campanha Nacional de Vacinação Contra a Influenza teria início no dia 10 de abril. Porém, a Secretaria de Estado de Saúde antecipou a imunização em Mato Grosso do Sul e autorizou, nesta terça-feira (28), os municípios a começarem a aplicação dos imunizantes.

Ao todo, 92 mil doses foram enviadas pelo Ministério da Saúde ao Estado para a primeira remessa de vacinação contra a gripe.

Saiba: Neste ano, a vacinação dos grupos prioritários será para idosos com 60 anos ou mais; trabalhadores da saúde; crianças (6 meses a menores de seis anos); gestantes; puérperas; povos indígenas; professores; pessoas com comorbidades; pessoas com deficiência permanente; caminhoneiros; trabalhadores de transporte coletivo rodoviário de passageiros urbanos e de longo curso; trabalhadores portuários; forças de segurança e salvamento; Forças Armadas; funcionários do sistema de privação de liberdade; população privada de liberdade com mais de 18 anos de idade; adolescentes e jovens em medidas socioeducativas.

 

Fonte:CE

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