Nem as férias coletivas em montadoras brasileiras deve limpar estoque das concessionárias. O mercado automobilístico esfriou e deixou os pátios das empresas com carros de sobra. É o que garante a Fenabrave-MS (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores de Mato Grosso do Sul).
Em resposta enviada para reportagem, a Federação diz que neste primeiro momento, o consumidor não será penalizado, justamente, porque as vendas caíram e ficaram veículos no estoque. No entanto, a Fenabrave ressalta que caso chegue a faltar, as montadoras são ágeis em retomar a produção.
Férias – A Volkswagen anunciou férias coletivas de dez dias, na fábrica de Taubaté (SP), a partir desta segunda-feira (27). Na Hyundai Motor Brasil, as férias começaram no dia 20 de março, em Piracicaba (SP).
As montadoras GM e Stellantis também estão na lista. A produção vai parar nas fábricas em São José dos Campos (SP), e Goiana, em Pernambuco. O grupo Stellantis conta com marcas como: Peugeot, Citroen e Fiat.
Os motivos vão desde a falta de equipamentos até a situação econômica no Brasil, com a alta dos juros e da inflação, o que ocasionou a queda nas vendas de veículos.
O diretor da Autobel Campo Grande, Saulo Lima, diz que a empresa localizada na Capital ainda não tem sentido reflexo e confirma que os estoques estão carregados.
“Está vendendo normal, nosso estoque está bem carregado. Nós fizemos as compras nos últimos meses. Estamos tranquilos e conseguindo trabalhar”, disse.
O gerente comercial da Citroen e Peugeot Campo Grande, Edson Baú, comentou que as duas marcas não foram prejudicadas. Segundo ele, a Citroen que chega na Capital é fabricada no Rio de Janeiro, onde não foi paralisado. Já a Peugeot, Edson diz que 90% da produção é feita na Argentina.
“Apesar de fazer parte do grupo Stellantis, não pararam a fábrica. São marcas que tem um volume um pouco menor. Peugeot representa de 3 a 5% no mercado”, ressalta.
Vendas – Conforme a Fenabrave, em Mato Grosso do Sul, a venda de veículos de todos os segmentos caiu 6,58% em fevereiro. Os automóveis tiveram aumento de 6,28% e comercial leve teve queda de 11,98%.
Em Campo Grande, a retração foi de 6,02%. O segmento comercial leve tem queda brusca de 29,47%.
Fonte:CGN