Na quarta-feira (22), as três grandes frentes de pesquisa em prol da pecuária no Pantanal serão apresentadas durante a Dinapec – Dinâmica Agropecuária 2023, na Embrapa Gado de Corte, em Campo Grande.
“Estaremos presentes no evento, desta vez de forma inédita junto à Associação Pantaneira de Pecuária Orgânica e Sustentável (ABPO), falando sobre três temas importantes para o Pantanal: balanço de carbono, qualidade da carne pantaneira e estudos sobre as pastagens nativas do Pantanal”, enfatiza a chefe-geral da Embrapa Pantanal, Suzana Maria de Salis.
A ABPO vem trabalhando desde 2003 a utilização do Protocolo de Carne Orgânica e Sustentável no Pantanal, que privilegia o modelo tradicional de pecuária de baixo impacto, que há mais de 270 anos promove a conservação do bioma.
Desde 2018, o protocolo recebe incentivo do governo de Mato Grosso do Sul, e nos últimos anos a ABPO vem trabalhando no alinhamento da cadeia produtiva da carne sustentável, fortalecendo parcerias com diversas entidades como a Embrapa Pantanal e a Embrapa Gado de Corte.
“Queremos, com o desenvolvimento dessas linhas de pesquisa, promover alianças mercadológicas para industrialização e comercialização da nossa carne. Pretendemos ainda, dentro do evento, assinar junto ao governo do Estado e às Embrapas um termo de intenção para junção de esforços no desenvolvimento dessas pesquisas vinculadas a cadeias produtivas pantaneiras”, diz o presidente da ABPO, Eduardo Cruzetta.
Na tenda em parceria com a Embrapa Pantanal, ocorrerá a demonstração da plataforma de rastreabilidade bovina – BovTrace, que entrará em processo de validação junto à ABPO neste primeiro semestre. Além desse espaço, a associação também estará presente junto à tenda do governo de Mato Grosso do Sul.
CARNE SUSTENTÁVEL
A produção local de carne pode alcançar ainda mais mercados e se destacar nacionalmente por meio de um sistema sustentável de criação, que favorece os produtores e o meio ambiente.
Trata-se da certificação da carne sustentável do Pantanal, articulada pela ABPO e que conta com parceria do Sebrae/MS, por meio do programa Pró-Pantanal.
Na parceria, as entidades têm como objetivo ampliar a oferta desse produto no mercado, auxiliando os interessados na obtenção da certificação.
Essa ação beneficia o produtor e incentiva a preservação do bioma pantaneiro, já que, para conquistar o certificado de carne sustentável do Pantanal, os pecuaristas precisam cumprir alguns requisitos, como a utilização de pastagens nativas e a recuperação de áreas degradadas.
O presidente da ABPO explica que, além de atender às boas práticas de produção, o processo de obtenção da certificação também deve estar vinculado ao Pantanal.
“A atuação do programa acontece sob três pilares: rastreabilidade da produção, origem pantaneira e um sistema de produção convencional do Pantanal. Além disso, para obter a certificação, é necessário atender aos protocolos de boas práticas, com uma produção de acordo com a legislação ambiental”, finaliza.
Fonte:CE
