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Mercado financeiro reage com tranquilidade à eleição de Lula

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O mercado financeiro reage com tranquilidade à eleição de Luiz Inácio Lula da Silva na eleição presidencial. Nesta segunda-feira, 31, o dólar opera em queda, e o Ibovespa – principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo – sobe. Entre os analistas, a leitura é de que Lula precisa começar a sinalizar nomes da sua equipe econômica para evitar uma piora de humor tanto no câmbio e como no mercado acionário.

No início dos negócios, a moeda norte-americana chegou a bater em R$ 5,40, mas a alta perdeu força ao longo da manhã. Por volta das 11h45, o dólar era negociado a R$ 5,24, em queda de 1,02%. Já o Ibovespa subia 0,73%, aos 115.374 pontos.

“A tendência é o mercado acalmar um pouco” diz Alvaro Bandeira, economista e consultor financeiro. “Agora (essa tendência), depende de três coisa: o Bolsonaro ainda não se posicionou, como vai se dar a transição de governo e o Lula começar a anunciar ministros.”

Durante a campanha presidencial, Lula foi bastante vago nas suas propostas econômicas. Ele criticou o teto de gastos, por exemplo, mas não disse qual será a sua política fiscal. Também optou por não indicar um nome para liderar a área econômica – um dos cotados é Henrique Meirelles, que foi presidente do Banco Central nos dois primeiros governos petistas.

“A volatilidade deve imperar nos próximos dias ao sabor da transição e dos nomes que comporão a equipe econômica”, afirma Alexandre Espírito Santo, economista-chefe da Órama.

A necessidade de Lula negociar com um Congresso de perfil mais conservador também faz com que os investidores acreditem num governo mais pragmático na economia. “O Lula vai precisar negociar com um Congresso de centro-direita para formar uma base que possibilidade a aprovação de medidas”, diz Bandeira.

Estatais em queda

Embora o Ibovespa esteja em alta, as ações de estatais vão na contramão e recuam nesta segunda-feira. Os papéis da Petrobras e do Banco do Brasil caem mais de 2%.

“O nosso entendimento é que a bolsa está atrativa, com muitos papéis com potencial de valorização”, afirma Isabel Lemos, gestora de renda variável da Fator Administração de Recursos. “Mas, num primeiro momento, algumas empresas com algum potencial passam por um ajuste, porque o investidor acredita que possa haver um pouco de intervenção (do governo).”

Fonte: Estadão

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