Para construir este caminho a Fundtur (Fundação Estadual de Turismo) está desenvolvendo uma série de ações, campanhas e promoção de eventos. Na antiga Rota Norte, por exemplo, foi criada a região turística “Cerrado Pantanal”, que está sendo conduzida por uma associação privada. Ela faz a gestão, tendo repasses de recursos do Estado.
“Hoje temos lá um executivo contratado pela Fundação para atuar durante dois anos com este trade. Há cinco anos, quando assumimos Fundtur redesenhamos a oferta turística de Mato Grosso do Sul, ampliamos a atuação para outras regiões”, explicou o diretor-presidente da Fundtur, Bruno Wedling.
Ele ainda citou a atuação na Costa Leste, em uma ação integrada nos municípios de Três Lagoas e Aparecida do Taboado. “Estamos trabalhando com as prefeituras e os empresários no planejamento estratégico e na gestão, descentralizando recursos para eventos geradores de fluxo”.
Campo Grande também entrou nesta nova rota. A cidade que antes atraia turistas em função de eventos e congressos, agora dispõe do Bioparque Pantanal. “Ampliamos as ações na Capital, que hoje tem uma governança, com executivo, antes a cidade não era trabalhada como gestão”.
Novas Alternativas
O desenvolvimento da rota bioceânica, que vai encurtar o caminho para o Oceano Pacífico, vai ter forte impacto no turismo da América Latina, assim como no Mato Grosso do Sul. “Vai mudar todo este mapa turístico, podendo vir do Chile e chegar a Bonito, Campo Grande e outros destinos, trazendo o turismo internacional, seja europeu ou norte-americano”, citou Wedling.
Para ele vai ampliar a integração na América do Sul, por meio deste corredor. “Já somos muito consumidos pelos paraguaios e bolivianos. Com a rota bioceânica podemos ampliar para a Argentina e o Chile também”, completou.
Uma das preocupações é criar as condições adequadas para receber estes novos turistas, assim como ampliar as opções de rota no Estado. “Tem critérios que o município precisa cumprir, para entender que de fato a atividade turística é prioritária para a economia da cidade. Nosso mapa turístico real tem 40 municípios”.
Investimentos
Para contribuir com o setor, o Governo do Estado quadriplicou os investimentos em turismo, desde a infraestrutura, aos recursos para ampliar acessos rodoviários e conexões aéreas aos principais destinos. Também teve campanhas, promoções, apoios a eventos e programas estaduais.
“Tivemos auxílio emergencial ao turismo em função da pandemia, redução de IPVA a bares e restaurantes, captação de novos voos, como a conexão Congonhas-Bonito, e novas opções a Três Lagoas, Dourados e Ponta Porã. Não podemos esquecer da redução da alíquota do combustível das aeronaves”, lembrou o diretor-presidente.
Wedling ainda citou os editais e a captação de R$ 10 milhões para mais de 100 eventos em 20 cidades do Estado. “São ações para incentivar o setor privado e impulsionar o setor. Para o futuro ainda tem um grande leque a ser trabalhado, reforçando a identidade cultural do Estado, ampliando novos voos, atraindo investimentos privados e abrindo novos planos de negócio”.
Fonte: FundTur