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Funcionária era amante de pecuarista assassinada em condomínio de luxo

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Apuração do Jornal Midiamax aponta que uma das funcionárias da pecuarista de 38 anos, Andreia Aquino Flores era amante da vítima e de que o plano inicial era dar um susto na pecuarista para um pix de R$ 50 mil. Andreia foi assassinada por asfixia, nessa quinta-feira (28), em Campo Grande, em um condomínio de luxo, no Chácara Cachoeira.

A funcionária tinha um relacionamento amoroso com a pecuarista e estaria devendo um agiota no valor de R$ 5 mil. Foi combinado, então, entre as duas funcionárias um falso roubo onde elas convidaram o cunhado de uma delas para fazer parte do plano, que tinha como alvo o valor de R$ 50 mil.

O trio teria se encontrado em uma pastelaria para acertar detalhes do plano três dias antes. Elas ainda teriam ido até uma loja, no Bairro Tiradentes, para comprar um simulacro e um boné. No dia do crime, às duas funcionárias foram até ao supermercado deixando o carro sem travar, para que o cunhado entrasse e fosse com elas até o condomínio. Ainda no mercado o cartão delas não teria passado pela compra de R$ 700 e Andreia, então, teria feito um pix no valor de R$ 1 mil.

Já quando o trio chegou ao condomínio, o rapaz teria visto a estrutura do local e passou a falar para a cunhada que queria o valor de R$ 80 mil e não mais os R$ 20 mil, que receberia da divisão dos R$ 50 mil. Quando entraram na casa, Andreia reagiu e acabou sendo espancada pelo autor que tampou sua boca e ela acabou morrendo asfixiada.

Achando que a pecuarista estava viva ainda, o trio a levou para a parte superior da casa, onde a amarraram e jogaram água nela na tentativa e acordá-la. Mas, Andreia já estava morta. Nisso, o trio foi embora para simular que os criminosos haviam feito as mulheres reféns.

O que funcionárias disseram para polícia

Segundo investigações da Derf (Delegacia Especializada de Roubos e Furtos) no primeiro momento, as duas funcionárias afirmaram terem sido sequestradas em um supermercado e forçadas pelos bandidos a irem para o condomínio, sendo que nesse momento, a pecuarista foi morta.

Mas, foi descoberto pela investigação que as duas funcionárias teriam chamado o cunhado de 23 anos, de uma delas para participar do falso roubo. Para simular o crime, durante o trajeto do supermercado e a residência da vítima, os autores pararam para pegar um simulacro de arma. O simulacro foi encontrado na bolsa de uma das mulheres.

O trio pretendia obter uma importância aproximada de R$ 20 mil que deveria ser exigida da vítima mediante transferência bancária pix no momento do assalto.

Ainda de acordo com a delegado Francis Flávio Tadano Freire, da Derf, o corpo de Andreia estava molhado. Segundo o que dizem as funcionárias, elas jogaram água na mulher para tentar acordá-la porque achavam que a vítima não estava morta.

Sobre outra investigação tocada pela Polícia Civil que tinha Andreia como autora, em relação a tentar matar o ex-marido, o delegado confirma que existe a apuração mas que, segundo a DERF, não há relação com o crime desta quinta-feira (28).

Ainda segundo a polícia, a pecuarista tinha relação de anos com as funcionárias. Ela seria, inclusive, madrinha de um dos filhos das mulheres. As duas devem passar por audiência de custódia somente no sábado (30).

Investigada por tentar matar ex-marido

Vítima de homicídio Andreia, era investigada pela tentativa de homicídio contra o ex-marido, um empresário de Ponta Porã. A reportagem teve acesso a documentos relativos à investigação que tramita sobre Andreia e ainda outros familiares. Em janeiro deste ano, o ex-marido foi vítima de atentado quando estava na clínica veterinária que é proprietário em Ponta Porã.

Os pistoleiros dispararam contra a vítima, que acabou ferida e socorrida. O homem resistiu aos ferimentos e o caso passou a ser investigado como tentativa de homicídio. Andreia constava como suspeita do crime.

Além disso, em junho deste ano ela e outras familiares foram ouvidas pela Polícia Civil por suspeita de envolvimento no crime. A informação da investigação é de que pistoleiro teria sido contratado para cometer a execução. Mesmo preso, ele ainda estaria tentando cumprir com o acordo feito.

Ainda consta na investigação policial que o homem seria cobrado para cumprir o acordo ou então devolver o dinheiro pago pelo crime.

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