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Axolotes resgatados pela PRF em junho se reproduziram no Bioparque Pantanal

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O Bioparque Pantanal divulgou nesta quarta-feira (27), em suas redes sociais, que os axolotes resgatados em ação da PRF se reproduziram nos aquários de quarentena do bioparque.

O Axolote (Ambystoma mexicanum) é uma salamandra exótica, oriunda dos lagos Xochimilco e Chalco, localizados na região central do México.

A espécie chegou ao Brasil nas bagagens de um traficante de animais, que foi abordado pela Polícia Rodoviária Federal em Miranda, na BR-060, no dia 1º de junho. Os animais estavam em sacos plásticos, e não recebiam os cuidados mínimos, como reposição de oxigênio.

Cinco das dez salamandras encontradas foram enviadas ao Bioparque Pantanal, que ainda não possuía animais da espécie.

Em entrevista ao Correio do Estado, a Assessoria de Imprensa informou que os axolotes chegaram à nova casa no dia 8 de junho, receberam os cuidados necessários e ficaram em quarentena para adaptação.

Após um mês em quarentena, devido às condições e cuidados favoráveis, os animais se reproduziram, gerando ovos que eclodiram entre os dias 19 e 20 de julho. Mais de 100 filhotes nasceram.

Animais desta espécie estão sob ameaça crítica de extinção no México, o que fez a reprodução se tornar ainda mais significativa para os biólogos.

Maria Fernanda Balestieri, diretora do Bioparque, reforçou a importância da conservação de espécies e conscientização dos visitantes:

“Nós prezamos pela conservação, um dos eixos do Bioparque Pantanal. Trabalhamos para que os visitantes saiam daqui agregando conhecimento e com a responsabilidade de cuidar da nossa biodiversidade, proteger o que é nosso”, pontuou.

Os cinco axolotes adultos, três fêmeas e dois machos, já estão no tanque, e, segundo a assessoria, são uma das principais atrações do complexo. Os filhotes permanecem nos aquários da quarentena.

Ambystoma Mexicanum

Axolotes são uma espécie de salamandra que permanecem no estado larval, ou seja, que não possuem o mesmo desenvolvimento “completo” que as demais salamandras.

Eles fazem parte do grupo dos anfíbios, e se enquadram na ordem Caudata/Urodela, que faz parte de um dos três ramos da classe Amphibia, que inclui rãs e sapos.

Estes animais podem medir aproximadamente 25 centímetros de comprimento, e tem alimentação baseada em girinos e pequenos invertebrados, como insetos, crustáceos e minhocas.

Sua capacidade de regeneração – que inclui regiões do sistema nervoso e até mesmo membros inteiros – faz com que a espécie seja bastante estudada por pesquisadores, que buscam soluções para perdas de tecidos e amputações.

Os axolotes tem expectativa de vida de aproximadamente doze anos, gostam de ambientes escuros e vivem em água doce.

Atualmente, poucos exemplares são encontrados na natureza, devido ao comércio ilegal e a perda de habitats.

Fonte:CE

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