Os produtores de milho em Mato Grosso do Sul já iniciaram a colheita da segunda safra da temporada, com destaque para a Região Norte do Estado, que já atingiu a marca de 1,7% do total da área já colhida. Segundo a Aprosoja/MS (Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso do Sul), a ancipação do período de colheita do cereal tem por finalidade evitar impactos causados pelas possíveis geadas previstas para a segunda quinzena de julho.
De acordo com o balanço divulgado pela Associação, enquanto que no Norte o processo caminha de forma bem acelerada, na região Sul, onde o frio costuma ser mais rigoroso, a colheita do milho ainda está com 0,5% da área plantada. Na região Central, a média é de apenas 0,1%.
Quando comparada com a safra anterior, a porcentagem de área colhida está 0,6 pontos percentuais acima, na data de 17 de junho. Os técnicos do projeto SIGA-MS (Sistema de Informações Geográficas do Agronegócio de Mato Grosso do Sul), estimam que a área colhida no estado até o momento é de aproximadamente 11.900 hectares.
A produtividade estimada para a safra é de 78,13 sacas por hectare e a expectativa de produção é de 9,34 milhões de toneladas. Contudo, em caso de ocorrência de geada na região Sul até a primeira quinzena de julho, esta projeção pode ser alterada. “A partir do dia 15 de julho, eliminamos o risco de perdas na produção, porque depois desse período, a cultura já está bem desenvolvida e a geada não representa riscos significativos de perdas”, explicou o coordenador técnico da Aprosoja/MS, Gabriel Balta.
O CEMTEC-MS (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima do Estado do Mato Grosso do Sul) aponta que entre os dias 20 de junho a 06 de julho, a probabilidade de chuva é baixa para a maior parte do Estado, exceto na região Leste e no extremo Sul, onde são esperados acumulados de até 5 milímetros.
A meteorologista do CEMTEC, Valesca Fernandes, ressalta que há previsão de baixas temperaturas para o mês de julho. “Climatologicamente, é esperada a atuação de massas de ar frio no inverno que podem favorecer a ocorrência de geadas. Mas isso precisa ser monitorado, baseado no sistema SISDAGRO do INMET, que só é previsto três dias antes da possível ocorrência”, pontuou ela.
Fonte:EnfoqueMS