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Em 2020, Mato Grosso do Sul teve 7,6% de crescimento nas empresas abertas, diz IBGE

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O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística divulgou, o Cadastro Central de Empresas (Cempre) com destaque para o crescimento de 7,6% na abertura de 69.974 empresas no ano de 2020, em Mato Grosso do Sul.

No ano de 2019, estavam funcionando 65.039. No ano de 2020, a maioria dos estabelecimentos abertos era do comércio. O setor dominante é de reparação de veículos automotores e motocicletas, tendo em 2019, 38,68% de participação e 38,35% no ano posterior.

Em segunda colocação ficam as atividades profissionais, científicas e técnicas com 7,33%. E em terceiro lugar aparece o setor de transporte, armazenagem e correio com 6,32%.

O economista, Eugênio da Silva Pavão, destacou que “é tudo mecânica. Empresa do agronegócio ocupa esta área, não exclusivamente, mas tem grande volume”.

“Por exemplo, uma fazenda pode ter de dez a quinze máquinas. Na cidade, o mecânico cuida de 50 a 60 carros, com média de R$ 3 mil o conserto. A máquina agrícola, se forem reparadas 15 unidades, o valor médio é de R$ 8 mil a R$ 10 mil, para consertar cada unidade. O volume na cidade é grande, no campo o valor pago é maior”, emendou o economista.

Em 2020, a distribuição de empresas nos municípios era da seguinte forma: Campo Grande apresentou 35,94% com 27.132 empresas, Dourados tinha 9,59% do total, ou seja, 7.245 estabelecimentos e Três Lagoas correspondia por 4,51%, com 3.411 empreendimentos.

Jateí representava MS com 0,04%, um total de 37 locais abertos e Japorã, tinha 0.06%, com 52 empresas.

As unidades locais que correspondem as filiais das empresas também apareceram na pesquisa. Em 2020, estavam abertas 79.381 unidades em MS. A natureza jurídica era de 73.382 voltadas a entidades empresariais, 5.133 organizações sem fins lucrativos e 866 voltadas à administração pública.

No ano de 2019 eram 73.923 unidades locais abertas. Sendo que as entidades empresariais representavam 67.818, 5.435 organizações em fins lucrativos e, 670 da administração pública.

Ocupados

Ainda em 2020, MS atingiu 607.345 índice histórico de pessoas ocupadas pelo quarto ano seguido.

Os setores que mais empregam: administração pública, defesa e seguridade social têm 139.645 ocupados, saúde humana com 110.633 e serviço social apresentou 50.235 pessoas ocupadas.

No comércio, o setor de reparação de veículos automotores e motocicletas de novos e usados teve 22.473 pessoas ocupadas, representando 3,70% do grupo.

Com relação a natureza jurídica, as entidades empresariais tiveram o maior número de pessoal ocupado 412.077 mil pessoas, 2,78% do total.

A administração pública ocupou 154.971 mil pessoas, 2,37% do total  e, por fim, as entidades sem fins lucrativos contrataram 40.297 mil trabalhadores, 1,63%.

O economista, Eugênio Pavão, explicou que os trabalhadores do setor público ganham em média de três vezes mais do que os profissionais do setor privado na mesma função.

“Por mais que tenha uma quantidade maior de profissionais trabalhando no privado o mantante pago é baixo se comparado à administração pública. Por exemplo, um profissional federal mais ganha, R$ 10 mil por mês, o funcionário estadual a média salarial é de R$ 4 mil. O servidor municipal ganha próximo do mínimo R$ 1,8 mil e do que o setor privado paga”, esclareceu Pavão.

Assalariados

As pessoas assalariadas representavam 518.150 no estado. Deste total, 277.761 coupadas por homens e 240.389 por mulheres.

Os homens ocupavam 200.384 vagas em entidades empresariais, 82,14% do total, 61.262 cargos na na administração pública representando 22,06% e 5,80%, ou seja, 16.115 em entidades sem fins lucrativos.

As mulheres ocupavam 51,83% das colocações em entidades empresariais, isso corresponde a 124.584 vagas, na administração pública eram responsáveis por 38,98%, ou seja, 93.709 dos cargos e 9,19% aparecem em entidades sem fins lucrativos 22.096.

Escolaridade

As entidades empresariais são as maiores contratantes de trabalhadores sem nível superior com 293.536 contratados, representando 74,79% do total.

Trabalhadores com nível superior correspondiam por 25,01%, ou seja, 31.432 do pessoal.

Já, a administração pública tinha 125.663 pessoas contratadas. No setor público trabalhavam 83.279 funcionários com nível superior, 66,29%.

As entidades sem fins lucrativos tinham 31.432 empregados de nível superior, equivalente a 25,01% do pessoal.

Salário

O estado apresentou salário médio maior de 2019 para 2020 saindo de R$ 2.858,27 para R$ 2.968,88.

Os profissionais de nível médio recebiam em média R$ 1.912,52. Os contratados com nível superior recebiam R$ 5.840,87.

A média do salário mínimo ficou em 2,9 salários mensais, em 2020. Os profissionais de nível médio receberam 1,8 salários mínimos e de nível superior 5,6 de rendimento mensal.

Os homens receberam 2,9 salários mínimos e as mulheres 2,6 de rendimento mensal.

Na administração pública os homens receberam R$ 5.985,15 e as mulheres R$ 4.285,20. As entidades empresariais pagaram os menores valores R$ 2.114,41 para o público masculino e R$ 1.557,22, para o feminino.

“O que muda são os cargos de chefia e os comissionados. Tem muitos mais homens no trabalho comissionado do que as mulheres. Na polícia e no judiciário as mulheres são menos privilegiadas, pois estão em menor quantidade. No setor privado, a disparidade é desleal, mas no setor público no que se refere a homens e mulheres é quase a mesma média salarial”, concluiu o economista Eugênio da Silva Pavão.

O maior salário médio do trabalhador da administração pública sem nível superior foi de R$ 2.706,34 e pelas entidades sem fins lucrativos R$ 1.664,44.

Os profissionais de nível superior da administração pública tiveram os maiores salários de R$ 6.8838,42, e o menor pago pelas entidades empresariais foi de R$ 3.486,86.

Fonte:CE

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