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Vítima de incêndio no Pantanal, onça-pintada ganha liberdade e se readaptada à natureza

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Resgatada durante os incêndios florestais de 2020 na região do Pantanal, a onça-pintada Joujou que ficou nacionalmente conhecida por suas queimaduras de segundo e terceiro graus nas patas e foi diagnosticado, ainda, com pneumonia, provocada pela fumaça na época hoje está oficialmente liberta. Depois de um ano e cinco meses de monitoramento, o colar com sinal GPS, que rastreava os passos do animal, se soltou.

Tudo saiu  como previsto e o fim do monitoramento mostra que o animal se recuperou e o período de adaptação foi vencido.

Depois de pouco mais de dois meses após o resgate, Joujou passou por tratamento, e foi solta na Serra do Amolar, com um colar de monitoramento, do programa Felinos Pantaneiros, do IHP (Instituto Homem Pantaneiro).  A bateria do equipamento costuma durar por volta de um ano e meio e já se esperava que fosse se soltar neste período.

“Desde janeiro de 2021, quando foi solto na Serra do Amolar, temos acompanhado os passos do Joujou. Vencemos a etapa da soltura e readaptação do animal à natureza e isso nos traz muita alegria e sensação de dever cumprido. O monitoramento chegou ao fim, mas temos certeza de que ele não só se recuperou como está totalmente integrado à natureza. Os dados colhidos durante este período nos mostram que ele tem os hábitos de um felino da idade dele. As áreas ocupadas registradas foram as RPPNs Acurizal, Penha, Rumo ao Oeste e no Parque Nacional do Pantanal Mato-grossense (Parna), mostrando também a importância dessas unidades de conservação que é a Rede de Proteção e Conservação da Serra do Amolar”, explica o coordenador do programa Felinos Pantaneiros, Diego Viana.

De volta à natureza

Durante o monitoramento, Joujou chegou a andar, em um único dia, 15 km. A média diária, contudo, era de 5 km. Os hábitos alimentares do animal também ficaram conhecidos: a onça se alimentava, neste período, principalmente de jacarés e capivaras. Atualmente, ele vive e costuma se deslocar em uma área de 102 km quadrados, na Serra do Amolar.

Para o médico-veterinário Geovani Tonolli, do IHP, este momento é ainda mais especial. Ele chegou ao Pantanal exatamente no dia em que Joujou foi resgatado e, agora, é o responsável por recolher o colar de monitoramento – que se solta sozinho do animal, quando a bateria chega ao fim.

“É muita emoção pessoal e, com certeza, um momento mágico. O colar se soltou em um dos locais mais lindos da Serra do Amolar, no cartão postal. Cheguei ao Pantanal no dia do resgate dessa onça, de certa forma participei do tratamento, soltura, participei do monitoramento e, agora, fui responsável por recolher o colar”, relembrou Tonolli.

Joujou

Em novembro de 2020, a onça foi resgatada, tratada e reabilitada no CRAS/Imasul, em Campo Grande, onde passou por tratamento por cerca de dois meses. Como estava em condições de voltar a natureza, foi realizada a soltura em 23 de janeiro de 2021, em uma operação que contou com apoio do IHP, Onçafari, Gretap, Imasul, ICMBio, CRMV/MS e Força Aérea Nacional.

(Com informações do IHP)

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