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Violência em Mato Grosso do Sul: casos de estupro ‘explodem’ e registros dobram em 2022

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Mato Grosso do Sul registrou aumento de 104% na média de estupros cometidos entre os cinco primeiros meses de 2021 e 2022. Ano passado foram contabilizados 298 casos entre janeiro e maio, já neste ano são 610 no mesmo período. O aumento também ocorre em casos de feminicídio e violência doméstica.

Dados da Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública) mostram uma média de 122 crimes por mês neste ano. No ano passado, foram registrados 298 casos no período, uma média de 59,6 por mês. A diferença entre as médias dos crimes chega a 104,6% de um ano para outro. A maioria ocorreu contra menores.

Foram 323 casos contra crianças de 0 a 11 anos; 202 contra adolescentes de 12 a 17 anos; 65 contra jovens de 18 a 29; 63 contra adultos de 30 a 59; 6 casos contra idosos e 5 não foram informados. Vale lembrar que desse total, 183 foram registrados em Campo Grande e 446 no interior, sendo 247 apenas na faixa de fronteira.

Os registros de casos de violência doméstica e feminicídio seguem a mesma tendência de aumento entre o ano passado e o atual. Foram registrados 32 casos de feminicídio em 2021, sendo 16 entre janeiro e maio. Se compararmos com o mesmo período deste ano, onde foram registrados 19, a média cresce em 18,75%.

Estupro - Violência em Mato Grosso do Sul: casos de estupro 'explodem' e registros dobram em 2022
Tabela construída com dados fornecidos pela Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública)

Os crimes de violência doméstica possuem maior quantidade de registros, em 2021 foram 18.471. Realizando um recorte dos primeiros cinco meses, o número cai para 7.109. Entretanto, segue menor do que os registrados neste ano, quando foram cometidos 8.087 crimes do tipo, formando um aumento de 13,7% na média entre os dois anos.

Confira mais detalhes dos registros abaixo:

feminicidios - Violência em Mato Grosso do Sul: casos de estupro 'explodem' e registros dobram em 2022
Tabela construída com dados fornecidos pela Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública)

violencia domestica - Violência em Mato Grosso do Sul: casos de estupro 'explodem' e registros dobram em 2022
Tabela construída com dados fornecidos pela Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública)
Após feminicídio, autor fez filhos dormirem com corpo de mãe

Emblemático, o caso de Érica Miranda Souza, de 27 anos, assassinada pelo marido, chamou atenção pela frieza demonstrada pelo autor, que teria feito os filhos da vítima de 2 e 9 anos irem dormir com a mulher, já morta, na cama. O mais novo foi encontrado dormindo abraçado com a mãe.

Conforme noticiado pela reportagem na época, o crime aconteceu na chácara onde a família morava. Moradora da propriedade vizinha relatou que o filho mais velho da vítima foi até ela pedindo por ajuda. O menino teria dito que o ‘tio’ tinha matado a mãe dele.

O autor teria ordenado que o menino fosse dormir junto com o irmão mais novo, de 2 anos, com a mãe. A vítima estava deitada na cama, provavelmente morta, segundo a polícia.

Duas armas foram encontradas na propriedade onde a família vivia, uma calibre .22 e outra de pressão. As armas são do patrão do autor do crime, sendo que o suspeito teria pegado a arma, bebidas alcoólicas e um aparelho de som.

Fonoaudiólogo acusado de estupro

O fonoaudiólogo Wilson Nonato, de 30 anos, foi preso preventivamente por estupro de vulnerável no dia 9 de março. Foram instaurados 5 inquéritos contra o fonoaudiólogo. As vítimas são meninos com idades entre 2 e 8 anos. Até o momento, Wilson não confessou nenhum crime, mas também não teria negado os fatos.

Entre 30 e 40 crianças já foram ouvidas em depoimento especial na Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente) em Campo Grande. Todas pacientes do suspeito.

Nos interrogatórios, o suspeito permaneceu em silêncio, dizendo ainda que responderia apenas em juízo. Preso preventivamente, ele está detido no Presídio de Segurança Máxima da Gameleira. Conforme relatado anteriormente pela polícia, outros 20 profissionais trabalham na mesma clínica, de forma correta.

 

Fonte:MM

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