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Simone Tebet pode ficar sem palanque em Mato Grosso do Sul

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Mesmo coroado o apoio nacional do PSDB à pré-candidatura de Simone Tebet (MDB-MS), a senadora pode ficar sem palanque em seu próprio estado.

Isso porque, como já é sabido, o pré-candidato ao governo do Estado pela sigla tucana, Eduardo Riedel, terá o presidente Jair Bolsonaro (PL), que tentará se manter no cargo por mais um mandato.

O MDB sul-mato-grossense, por sua vez, ficou alheio ao anúncio de que a filha de Ramez Tebet estará na corrida presidencial.

Nem após a executiva do PSDB ter tentado impor a retirada do ex-governador André Puccinelli (MDB-MS) da disputa pelo comando do Estado para só então se aliar a Simone, não houve contato entre ela e seus correlegionários regionais.

“Não houve [conversas], até porque ela estava cuidando das tratativas nacionais e nós aqui cuidando dos assuntos do Estado”, contou o presidente municipal do MDB em Campo Grande, Ulisses Rocha.

O engajamento regional, inclusive, foi feito para que Puccinelli se mantivesse pré-candidato.

O ex-ministro de governo na gestão de Michel Temer Carlos Marun contou que se reuniu com os presidentes nacionais do MDB e do PSDB, Baleia Rossi e Bruno Araújo, respectivamente, para que o acordo não sacrificasse o plano estadual, e obteve sucesso.

Questionado sobre como fica o cenário agora, o emedebista disse que já eram esperados caminhos distintos. “Minha visão é de que aqui as coisas permanecem como estavam. Certamente, o palanque do Riedel já está aberto a Bolsonaro, em função da [deputada federal] Tereza Cristina, então ele não vai fechar este palanque ao presidente Bolsonaro”, analisou.

Sem citar Simone, Marun completou dizendo que “dependendo das coligações é possível que também esteja aberto o palanque de Puccinelli a outras candidaturas”. Até o momento, o ex-governador não se manifestou sobre o assunto.

Estremecido

A relação sempre foi amistosa entre Puccinelli e Simone, tanto que ela foi vice-governadora em seu primeiro mandato. Porém, a amizade ficou estremecida quando não quis assumir a candidatura ao governo em 2018.

A senadora substituiria o ex-companheiro de governo, que foi preso às vésperas da campanha eleitoral. A dupla chegou a conversar na prisão, mas, alegando pressão familiar, recuou.

O então deputado e presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALMS), Junior Mochi, assumiu a responsabilidade.

Também sem citar Puccinelli, o secretário de Governo e marido de Simone, Eduardo Rocha (MDB), disse acreditar que o trabalho da esposa trará votos em Mato Grosso do Sul.

Além de vice-governadora, ela foi deputada estadual e prefeita de Três Lagoas duas vezes. Sobre Bolsonaro em ninho tucano, resumiu, “não vai ter divisão, as pessoas são livres para apoiar quem elas quiserem”.

PSDB

Como já citado acima, Riedel, teoricamente, deveria receber Simone, que terá o senador tucano Tasso Jereissati como vice em seu palanque.

Contudo, para ter como aliada a ex-ministra da Agricultura e pré-candidata ao Senado, Tereza Cristina (PP-MS), as portas devem estar abertas a Bolsonaro.

Perguntado sobre o conflito, Riedel falou apenas que aguarda orientação nacional. E que ainda não sabe quem será o vice, “mas pode ser que já tenhamos conversado”, despistou.

Afastada

No fim da tarde de quinta-feira (9), logo após o anúncio da aliança que deu rosto à terceira via, Simone foi diagnosticada com Covid-19.

Seguindo orientação médica, ela suspendeu agenda e segue em isolamento, pelo menos até o fim da próxima semana.

A emedebista sentiu sintomas gripais e, ao fim das tratativas com o PSDB, já esperava resultado do teste.

Conforme divulgou por meio de assessoria, apesar de estar com dor de garganta, se sente bem, ressaltando que tomou as três doses da vacina.

Um mês atrás, ela havia suspendido a agenda porque o marido tinha pegado a doença. Por precaução, chegou a ficar dois dias afastada das atividades políticas, mas logo retomou a rotina, porque os exames deram negativo. (Colaborou Celso Bejarano)

 

Fonte:CE

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