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Escolas estaduais de MS poderão ter jogos eletrônicos como ferramenta pedagógica

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A utlização de jogos eletrônicos como ferramenta de ensino pedagógico dentro das escolas públicas de Mato Grosso do Sul é tema de um Projeto de Lei em tramitação na Assembleia Legislativa. A matéria, que foi apresentada na sessão ordinária desta terça-feira (07), cria o Projeto Game na Escola dentro da Rede Estadual de Ensino (REE).

PL 163/2022, de autoria do deputado Jamilson Name (PSDB), tem por objetivo usar os jogos eletrônicos para aproximar alunos e professores, utilizando para isso recursos tecnológicos que trabalhem conteúdos das disciplinas de forma prática e interativa para estimular o desenvolvimento, por meio de jogos eletrônicos, educativos ou não.

Na justificativa para a proposta, o deputado salienta que os jogos estão presentes no cotidiano de jovens e adolescentes e que, por meio deles, aprendem a pensar enquanto jogam, bem como refletem em torno da narrativa e dos acontecimentos do jogo. “Sem dúvida, a utilização dos jogos como ferramenta pedagógica para trabalhar conteúdos das disciplinas de forma prática e interativa, estimulará a permanência dos alunos na escola, incentivando-os a aprofundar seus conhecimentos nas disciplinas curriculares e ainda propiciando a melhor utilização desses jogos e demais recursos tecnológicos”, cita.

Agora, o texto segue para análise na Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR). Após ser aprovado, vai para as comissões permanentes e, posteriormente, será votado no plenário.

Prática em alta no País

De acordo com especialistas, os jogos eletrônicos são uma ferramenta importante na construção da escola do futuro, já que podem desenvolver nas crianças e nos adolescentes habilidades variadas, como atenção, interação, memória, raciocínio lógico, planejamento, tomadas de decisão, seleção visual, entre outras. Por conta disso, as escolas, cada vez mais, estão inserindo esses jogos no cotidiano de aprendizagem.

No Brasil, várias instituições de ensino, especialmente da rede particular, têm usado jogos eletrônicos para aperfeiçoar o aprendizado dos estudantes. Alguns games são criados especificamente para a educação, desenvolvidos por programadores em parceria com pedagogos, psicólogos e professores. Outros são de uso geral, mas com o direcionamento do professor podem trazer benefícios reais de conhecimento, além da diversão.

Os jogos eletrônicos podem ser usados na educação para alfabetizar crianças e também auxiliá-las na aprendizagem de matérias de história, matemática, inglês etc. Eles também são importantes para o desenvolvimento das habilidades sociais e podem ser utilizados nas mais diferentes classes, inclusive com alunos que possuem necessidades especiais, como autismo e transtorno de déficit de atenção (TDAH).

Congresso tem projeto semelhante em tramitação

Na Cãmara dos Deputados está em tramitação há cerca de um ano o Projeto de Lei 1324/21, que estabelece o uso de jogos eletrônicos como prática pedagógica na educação básica brasileira. A proposta, do deputado Coronel Chrisóstomo (PSL-RO), institui a Política Nacional de Gamificação da Educação (PNGE).

Entre os objetivos do programa, estão o preparo do educando para a cidadania e sua qualificação para o trabalho, incluindo sua capacitação para lidar com novas tecnologias; o uso de técnicas motivadoras no aprendizado; a unificação do aprendizado e a redução das desigualdades educacionais dos estudantes; e o combate da evasão escolar por meio de tecnologias de interesse dos alunos.

A proposta considera gamificação o uso da dinâmica de jogos eletrônicos em qualquer atividade, sejam analógicas, digitais, remotas, locais, conectadas ou não à internet ou a qualquer outra rede. Incluem-se entre os jogos dispositivos, aplicações de internet, programas de computador e plataformas conectadas ou não, contendo jogos utilizáveis em receptor de televisão, monitor, consoles ou outra tela.

Caberá ao Ministério da Educação definir medidas para a implementação do programa, incluindo a classificação indicativa para cada tipo de jogo eletrônico a ser utilizado no sistema de ensino. A PNGE será implementada a partir da adesão das redes e das escolas. Ainda conforme o projeto, a União oferecerá apoio técnico e financeiro aos estados, aos municípios e ao Distrito Federal na gamificação dos sistemas de ensino. O plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e os orçamentos anuais serão formulados de maneira a assegurar recursos para viabilização da política.

Além das dotações orçamentárias, a PNGE será custeada com recursos do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações. Também está prevista a assinatura de convênios com órgãos da administração pública e com entidades privadas. Atualmente, o PL está aguardando a designação de relator na Comissão de Finanças e Tributação.

 

Fonte:EnfoqueMS

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