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Reforma da antiga rodoviária supervaloriza salas e preços chegam a R$ 100 mil

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A promessa de reforma no antigo Terminal Rodoviário Heitor Laburu, no centro de Campo Grande, tem supervalorizado as salas comerciais do prédio. Antes, relegadas ao abandono e desinteresse, estão sendo disputadas, com preço final 230% acima do valor fixado até o ano passado.

A uso do terminal e dos espaços públicos foram desativados em 2010 e, desde então, as salas comerciais começaram a ser esvaziada, reduzindo drasticamente o número de lojistas no prédio: das 205 salas, 50 permaneceram no local até 2014 e, hoje, apenas 20 resistiram ao tempo, entre salão de beleza, relojoaria, ótica, empresas de transporte e mercadinho.

A síndica do condomínio empresarial Heitor Laburu, Heloísa Cury, disse que era difícil conseguir vender salas. Até ano passado, as salas estavam à venda de R$ 20 a R$ 30 mil.

“As pessoas não queriam nem de graça e nem alugar”, lembra, dizendo que era ofertado para locação apenas o valor do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano).

Mas, desde que a licitação da reforma foi lançada, em março deste ano, o cenário mudou. “Agora tem vários empresários interessados em abrir comércio após a obra”, comemora Heloísa.

Das 205 salas, 100 proprietários têm pretensão de vender os espaços. “Muitos idosos estão vendendo porque não conseguem cuidar e os filhos estão passando a diante, tem proprietários que moram fora também. São espaços ótimos para montar escritórios, clínicas e até cursinhos, que inclusive já estão engatilhados, disse a síndica.

Somente este mês, seis salas já foram comercializadas. Os valores negociados passaram para média de R$ 50 a R$ 100 mil. Entre os novos contratos firmados está uma nova clínica de estética, sala cultural, espaço para cursos. Segundo a síndica, maioria dos novos proprietários somente deve entrar em definitivo depois da reforma.

“Essa semana mesmo foi um dentista lá para montar um consultório, o ponto está atraindo muitos investidores. A Dom Aquino não tem como não ser um bom lugar, as pessoas têm paixão pelo local, o abandono levou ao preconceito, a população de rua começou a tomar conta, mas agora parece que tudo está se transformando, ali passa 4 mil carros por dia, as pessoas estão notando a diferença”, avaliou Heloísa.

Para o subsíndico Pedro da Cruz, além da reforma, a consequente recomposição na segurança na região é um dos principais fatores para o desenvolvimento e confiança. Além de dois guardas que vistoriam o prédio, também há o policiamento das equipes da Guarda Municipal e Polícia Civil.

Projeto da reforma do terminal que voltará a ser ocupado com serviço público (Foto/Divulgação)

Licitação – A prefeitura já havia tentado emplacar a revitalização em 2019, quando foi assinado o contrato com a CEF (Caixa Econômica Federal), em que o recurso estimado era de R$ 15,9 milhões. Porém, a empresa que venceu este primeiro certame desistiu da obra.

Em março deste ano, a licitação foi retomada e o edital lançado. O primeiro edital estimava o custo de R$ 15 milhões para as obras, mas uma correção, elevou o montante para R$ 19.009.702,44.

Na antiga rodoviária, a prefeitura de Campo Grande tem área de cerca de 10 mil metros quadrados, que corresponde à parte pública do prédio. Serão revitalizadas as plataformas de embarque e desembarque, duas salas no piso superior e o entorno com calçamento, recapeamento, paisagismo, mobiliário urbano e acessibilidade.

Para o local, serão transferidas a Funsat (Fundação Social do Trabalho) e a Guarda Civil Metropolitana. Também estão previstas instalação de lâmpadas de LED, novas calçadas com acessibilidade, paisagismo e áreas de descanso, reordenamento viário, instalações elétrica e hidráulica, elevadores, além da nova fachada.

Reforma deve custar R$ 19 milhões, segundo projeto previsto em edital (Foto/Reprodução)

 

Fonte:CGN

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