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Perícia vai analisar se havia pólvora na mão de jovem assassinado por PMs

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Para confirmar a versão apresentada por policiais militares de que Pedro Henrique Evangelista Bahia, 24 anos, disparou sua arma antes de ser atingido por tiros, a perícia vai analisar a arma e se na mão da vítima havia pólvora. Pedro morreu na madrugada deste domingo (15), após confusão em um bar na cidade de Jardim. Ele é filho da secretária municipal de Desenvolvimento Econômico e Cultural da cidade, Delaine Evangelista Bahia.

Conforme o boletim de ocorrência, um primeiro disparo é feito pelo rapaz, o que fez com que os militares disparassem em seguida “a fim de cessar a injusta agressão”. No entanto, o delegado Amylcar Eduardo Paracatu, afirma que pelas imagens das câmeras de segurança não há como afirmar se esse primeiro tiro saiu mesmo da arma de Pedro, um revólver calibre 38, ou dos policiais.

Havia três munições deflagradas, no entanto, Amylcar diz que apenas exame necroscópico e perícia na arma irão confirmar essa versão. “Existe uma testemunha que afirma, com toda certeza, que a vítima efetuou um disparo, mas não foi apreendido nenhum projétil que tenha ricocheteado nas paredes, não existe no local nenhuma marca que indique esse disparo, então a análise da arma vai ser importante para ver se houve disparo recente. Pelas imagens a gente não conseguiu identificar esse disparo que a vítima teria dado naquele momento da abordagem”, explicou.

Amylcar confirmou que Pedro Henrique não tinha porte de arma de fogo, muito menos o armamento tinha registro. As armas dos policiais foram apreendidas e também passarão por perícia.

Como começou a confusão no bar – Conforme o boletim de ocorrência, Pedro estava em um bar, quando foi retirado do local após uma briga com o segurança. Nesse momento, ele disse que voltaria armado, momento em que o dono do estabelecimento acionou a Polícia Militar.

Antes mesmo que a viatura chegasse, Pedro voltou ao local em uma caminhonete Toyota Hillux, cor branca, e desceu com a arma em punho “apontando para várias pessoas”. Neste momento, testemunhas começaram a gritar “ele está armado”.

Dois militares saíram e foram em direção a Pedro já se identificando e pedindo que ele baixasse a arma. O rapaz não teria obedecido, apontou a arma para um deles e acionou o gatilho. Os dois policiais então dispararam contra o rapaz “a fim de cessar a injusta agressão” – diz o boletim e ocorrência – e um terceiro militar de folga chegou a sacar também a arma, mas acabou não efetuando nenhum disparo. O Corpo de Bombeiros socorreu Pedro e o levou para o hospital, mas ele não resistiu e morreu.

Investigação – Além da investigação da Polícia Civil, foi aberto inquérito militar para apurar os fatos. Os militares foram afastados e farão acompanhamento psicológico até que tudo seja esclarecido.

 

Fonte:CGN 

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