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Governador vai ao RJ para cobrar Petrobras sobre venda da UFN3

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O governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB), vai ao Rio de Janeiro (RJ) nesta quarta-feira (11) para se reunir com a diretoria da Petrobras. Ele deve cobrar durante o encontro na tarde de hoje uma posição sobre a venda da UFN-III (Unidade de Fertilizantes Nitrogenados III), em Três Lagoas – cidade da região leste do Estado a 327 km de Campo Grande.

No fim do mês passado, a estatal anunciou que foi encerrado o processo de venda da fábrica de fertilizantes ao grupo russo Acron. Em comunicado ao mercado, a petroleira informou que os estrangeiros substituíram o plano de negócios, “impossibilitando determinadas aprovações governamentais que eram necessárias para a continuidade da transação”.

Antes mesmo da confirmação, Reinaldo declarou que empresários o procuraram com interesse na UFN-III, já prevendo que o negócio não prosperaria.

“[O fracasso da venda] Foi uma questão interna da Petrobras. Vai ter outro edital e já existem outras empresas. Algumas pessoas me procuraram, provavelmente sabendo que a venda não avançaria. Mas tenho certeza que teremos solução e o Estado será um produtor de fertilizantes”, afirmou.

Entenda – A UFN3 teve a obra paralisada em dezembro de 2014, após a Petrobras romper o contrato com o consórcio responsável pela construção da fábrica que, na época, já havia consumido mais e R$ 3 bilhões.

A estatal colocou a UFN3 à venda em setembro de 2017, alegando que não tinha mais interesse. A empresa da Rússia manifestou interesse na compra da fábrica, mas depois desistiu diante do empecilho para o fornecimento do gás natural, que viria da Bolívia.

Em fevereiro deste ano, durante agenda em Três Lagoas, a então ministra da Agricultura, Tereza Cristina, anunciou a venda da fábrica. “Acabamos de receber a notícia que a Petrobras concluiu a venda da UFN3 para a Acron e já estamos avançando com o complemento dos entendimentos com o governador Reinaldo Azambuja”, disse.

Por sua vez, o tucano destacou a importância do empreendimento. “É de extrema importância para o Mato Grosso do Sul, tanto para recuperação da economia do município como para a autossuficiência que a fábrica poderá trazer em fertilizantes, dado que nosso Estado é dependente altamente deste insumo”, ressaltou o governador.

Retomada, a UFN3 vai contribuir para redução da importação de fertilizantes. Atualmente, em média, cerca de 85% dos fertilizantes usados no Brasil são importados. A meta do governo federal é reduzir a importação em torno de 60% do insumo.

Fonte:CGN

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