A ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) emitiu nota à imprensa informando que o ônibus, que saiu de Mato Grosso do Sul e caiu em ribanceira no Paraná, não tinha autorização para transportar trabalhadores.
“A Agência lamenta profundamente o ocorrido e se solidariza com os familiares das vítimas. O veículo LPB7J63 não está habilitado para transporte regular e consta como inativo para fretamento na frota de Transportes Labor Ltda.”, informa a nota.
Até o momento onze pessoas morreram por causa do acidente, outras 20 ficaram feridas. “O veículo, portanto, não estava estava regularizado junto à ANTT e não tinha autorização para transporte interestadual de trabalhadores.”, termina o comunicado enviado aos veículos de comunicação.
Ainda de acordo com a ANTT, não consta nenhuma apólice de Seguro de Responsabilidade Civil para o veículo, na data de 30/03/2022 e, em consulta ao sistema da agência, não foi encontrado cadastro ativo do condutor Adilson Dias, motorista de 52 anos que morreu no local da tragédia.
Maior indústria produtora e exportadora de papéis do Brasil, a Klabin emitiu nota de pesar e informou que os trabalhadores e o ônibus eram de responsabilidade de uma empresa terceirizada, a Engemec, que tem sede em Três Lagoas.
Procurada pela imprensa, a Engemec se limitou a dizer lamentou o acidente e que está prestando toda assistência às vítimas e familiares. A empresa também informou que os trabalhadores eram de várias localidades e que o ônibus era próprio.
Nesta sexta-feira (1º) a Polícia Civil do Paraná deve instaurar o inquérito policial que vai investigar o acidente. A perícia criminal trabalha para analisar se houve falha humana, no ônibus, na pista, ou se o acidente aconteceu por causa de outro veículo que passava pela rodovia.
Mortos – Entre as onze vítimas fatais, três já foram identificadas como sendo de Mato Grosso do Sul. Além de Adilson, que conduzia o veículo e era de Três Lagoas, morreram na tragédia Luiz João dos Santos, de 52 anos, de Piraputanga, e Sidney Rosa Pedroso, de 39 anos, de Corumbá.
Fonte:CGN