NotíciasPolícia

Operação da PF contra clonagem apreende veículos de luxo no residencial Dahma 3

Compartilhar:

A Operação Fiat Lux da PF (Polícia Federal), desencadeada na manhã desta quinta-feira (24), para desarticular quadrilha que já adulterou pelo menos 10 mil veículos no Brasil, cumpriu mandados de busca e apreensão no Dahma III, residencial localizado na saída para Três Lagoas, em Campo Grande.

No condomínio foram apreendidos uma caminhonete Mitsubishi amarela, uma BMW prata, e uma Land Rover preta. Os carros foram levados por um guincho para a Superintendência da Polícia Federal. Não há informação se os donos do carros foram presos.

BMW foi um dos carros apreendidos (Foto: Henrique Kawaminami)
BMW foi um dos carros apreendidos (Foto: Henrique Kawaminami)

A operação é comandada pela PF de São Paulo, com mandados expedidos em Mato Grosso do Sul e mais 10 estados – São Paulo, Minas Gerais, Tocantins, Pará, Goiás, Paraíba, Ceará, Paraná, Pernambuco e Maranhão.

O inquérito policial, instaurado no fim de 2020, teve origem após ter sido detectada a clonagem de veículos do Exército. Os números dos chassis eram utilizados ilegalmente com objetivo de obter documentos legítimos, de forma a tentar “legalizar” veículos oriundos de roubo ou furto.

A investigação apontou que as “clonagens” dos chassis do Exército só foram possíveis porque contaram com a participação de servidores do Detran e de despachantes. Equipes do Exército prestaram apoio logístico durante a deflagração da operação Fiat Lux, sendo relevante ressaltar que a investigação não aponta a participação de integrantes do Exército nas fraudes.

Além da clonagem de veículos, a operação também identificou uma outra prática criminosa: crime contra o Sistema Financeiro Nacional. Os envolvidos “criavam” veículos fictícios que existiam apenas no Sistema Federal da Secretaria Nacional de Trânsito, permitindo assim, a realização de financiamentos e a participação em consórcios.

Em razão desta falsificação, que contava com a participação de servidores do Detran, cooptados pelo esquema criminoso, os veículos eram dados como garantia em operações financeiras.

Crimes fiscais – A investigação também apontou que servidores do Detran e despachantes inseriam, no Sistema Federal de Registro de Veículos Automotores, automóveis comprados na Zona Franca de Manaus – com isenção de PIS e Confins – e emplacavam indevidamente esses carros em São Paulo para burlar a fiscalização.

O Poder Judiciário, a pedido da Polícia Federal, determinou o afastamento das funções de 95 servidores do Detran. 85 são servidores do Detran-SP; sete, do Detran-TO; e três, do De-tran-MG. 20 despachantes também foram afastados de suas funções no Estado de São Paulo.

 

Fonte:CGN

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo