O Mercado Livre vai custear parte dos gastos com a cirurgia de redesignação de gênero para funcionários e funcionárias na América Latina que se identificam como pessoa trans. A iniciativa, anunciada esta semana, é parte de um debate sobre diversidade proposto pelo grupo de afinidade LGBTQIA+ da companhia, criado em 2020.
De acordo com o marketplace, o benefício inclui o pagamento de até 70% do valor do procedimento, limitado a US$ 5 mil, o que dá cerca de R$ 27,1 mil pela cotação do dia. No Brasil, este tipo de cirurgia é oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS), mas as longas filas levam muitas pessoas a procurar a rede privada.
No atendimento prestado pelas clínicas particulares, a operação tem um preço médio de R$ 35 mil, mas o valor pode ser maior, por conta do preço elevado dos equipamentos utilizados. O número reduzido de profissionais especializados no procedimento é outro fator que eleva os custos.
O custeio da cirurgia de redesignação de gênero faz parte da estratégia de inclusão promovida pelo Mercado Livre. De acordo com a diretora de pessoas da empresa, Patrícia Monteiro de Araújo, a varejista tem ampliado a oferta de benefícios voltados a questões importantes e que promovam o bem-estar de colaboradores.
Outras ações inclusivas
Além de pagar parte da operação, a plataforma de e-commerce está promovendo mais ações de inclusão, como o pagamento do seguro-fiança para os funcionários trans que residem em imóvel alugado. Assessoria jurídica para a alteração de nome e gênero nos documentos, suporte psicológico e a instalação de banheiros neutros nas unidades são outras iniciativas.
Para solicitar a ajuda financeira para a cirurgia, a pessoa trans interessada precisa ter pelo menos um ano de trabalho prestado na empresa, independente da função ocupada. Quem passar pelo procedimento tem direito a 15 dias de licença médica.
Fonte:TecMundo