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Em um ano, abate de ovinos cresceu mais de 46% em Mato Grosso do Sul

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O abate de ovinos aumentou 46,70% em Mato Grosso do Sul em 2021, no comparativo com o ano anterior.

De acordo com levantamento do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), no ano passado, foram abatidos 6,3 mil animai, enquanto em 2020 foram 4,3 mil.

Mato Grosso do Sul ocupa o 2º lugar no ranking de abates de ovinos, com 16,2% da produção nacional, atrás apenas do Rio Grande do Sul que é responsável por mais de 50% do abate brasileiro de ovinos.

Apenas no ano passado, o percentual de abates no País aumentou 25,13%, ou seja, Mato Grosso do Sul ficou acima do nacional.

Além do abate, também aumentou o preço do quilo pago ao produtor rural.

Segundo a Embrapa Caprinos e Ovinos, o aumento foi de 37,18% no período.

“O aumento nos custos de produção contribuiu para a valorização no valor pago ao produtor e foi potencializado pelo incremento na demanda”, explica a analista técnica do Sistema Famasul, Eliamar Oliveira.

De acordo com a Famasul, o rebanho de ovinos no Estado é de 409,9 mil animais.

Corumbá é o município com o maior rebanho, de 20 mil cabeças, seguido por por Ribas do Rio Pardo, com 17 mil animais, e Bela Vista, com mais de 14 mil ovinos.

Já quanto aos abates, a cidade que mais abateu os animais foi Campo Grande.

Ainda segundo Eliamar, o Brasil ainda não tem tradição na exportação de carne de ovinos, mas houve alta nas transações.

“Em 2021 [o Brasil] embarcou para o exterior 62 toneladas e faturou US$ 531 mil, o que representou alta de 11,6% no volume embarcado quando comparado a 2020. Enquanto as importações foram em volume superior a 2 mil toneladas”, disse.

Esse crescimento demonstra que a ovinocultura tem espaço para crescimento, na avaliação do coordenador técnico da Famasul, André Nunes.

“É preciso que haja um estímulo maior ao consumo dessa proteína, que ainda é apreciada por um público mais restrito”, ressaltou.

Bovinos têm queda

Ao contrário dos ovinos, a produção de bovinos para abate apresentou queda de 11,67% no ano passado, em relação a 2021.

No entanto, o rebanho é muito maior no Estado.

Em 2021, foram produzidas 3,17 milhões de cabeças para o abate, contra 3,59 milhões em 2020.

Do total de animais produzidos no ano passado, 1,33 milhão foram vacas, o que representou queda de 17,08% em relação ao ano anterior, quando o Estado registrou 1,61 milhão de fêmeas.

A participação também foi 6,12% menor, equivalente a 42,15% do total de animais abatidos, contra os 44,90% que representou no ano de 2020.

Já o número de machos produzidos em 2021 foi de 1,83 milhão, queda de 7,26% no comparativo com os 1,98 milhão produzidos com a mesma finalidade em 2020.

Em relação aos animais efetivamente destinados aos frigoríficos em dezembro do ano passado, as indústrias inscritas no Serviço de Inspeção Federal (SIF) abateram 250,4 mil animais.

No acumulado de 2021, foram abatidos 2,5 milhões de animais, configurando queda de 12,11% em relação aos 12 meses de 2020, quando foram abatidas 2,85 milhões de cabeças.

 

Fonte:CE

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