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Vacina atual da gripe pode combater variante Darwin do H3N2, diz Butantan

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Segundo o Butantan, a vacina contra a gripe disponibilizada na campanha de vacinação de 2021 também fornece proteção contra a cepa Darwin do vírus influenza H3N2, que está causando surtos da doença pelo país.

A informação foi divulgada em nota.  Os testes foram feitos por pesquisadores do próprio instituto. “A vacina que temos hoje traz uma proteção cruzada contra a Darwin, menor do que a vacina específica”, afirma o diretor de produção do Butantan, Ricardo Oliveira.

A vacina contra a gripe é trivalente, produzida contra vírus diferentes. Além dos H1N1 e influenza B, inclui também outra variante do H3N2. É isso que garante a resposta imune contra a cepa Darwin.

É comum que ocorra proteção cruzada quando um imunizante contém um vírus semelhante ao que se quer combater. Isso ocorre porque novas cepas mantém estruturas semelhantes às antigas quando surgem.

A descoberta dá um resposta paliativa ao problema. Segundo Olveira, a vacina da gripe fornecerá uma proteção para a população, ainda que não seja a melhor resposta ao problema.

Recentemente, o Butantan doou 1,4 milhão de doses da vacina trivalente para as cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, que serão usadas como reforço para evitar o aumento do número de contágios.

Vacina de 2022

O Butantan está produzindo para este ano uma nova versão da vacina gripal trivalente que substitui a cepa anterior do H3N2 pela variante Darwin.

A alteração foi recomendação da Organização Mundial da Saúde, que vê com preocupação o aumento de casos de contágio pela nova variante.

Anualmente a composição da vacina é revisada para incluir cepas dos vírus influenza de maior preocupação no hemisfério sul. No Brasil, o Programa Nacional de Imunização recebe 80 milhões de doses anuais do Butantan.

O instituto começou a produção do Insumo Farmacêutico Ativo (IFA) desse vírus neste mês. A intenção é que as vacinas sejam distribuídas ainda antes do inverno, quando aumentam os números de casos.

Ao mesmo tempo, estudos estão sendo feitos para uma vacina tetravalente, capaz de fornecer anticorpos contra duas cepas do vírus A e duas do influenza B. No futuro, essa versão deverá substituir a trivalente.

 

Fonte:TecMundo

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