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Verão impulsiona turismo para praia; confira destinos em alta para 2022

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Quem viajou na virada do ano viu cenas que até 2019 eram comuns, mas se tornaram raras desde o início da pandemia: estradas cheias, multidões em aeroportos e hotéis lotados. Graças ao avanço da vacinação — que reduziu as mortes por Covid-19 —, o verão voltou a ser sinônimo de turismo no País. A temporada de calor marca o pico de demanda no setor, que amargou perdas de R$ 453 bilhões no acumulado desde abril de 2020 até outubro de 2021, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo.

Embora as autoridades de saúde sigam alertas quanto à variante ômicron, o fato de 67% da população estar com esquema vacinal completo e de ter havido uma forte queda nas taxas de letalidade do vírus no Brasil, 2022 tem tudo para ser o ano da retomada do turismo nacional. No ritmo dos últimos meses, 61% das agências associadas à Abav esperam aumentar o faturamento em pelo menos 50% neste ano. Um levantamento da Associação Brasileira de Agências de Viagens (Abav) afirma que o turismo doméstico está praticamente retomado, enquanto as buscas por destinos internacionais alcançaram 50% dos níveis pré-pandemia.

Caso o verão prossiga sem que novas medidas de isolamento sejam necessárias, a previsão do do Ministério do Turismo é que sejam gerados 480 mil empregos, movimentando R$ 171 bilhões. A expectativa é que o brasileiro volte a visitar areias e mares que por muito tempo só acessava por fotografias e vídeos. E, nessa redescoberta de um Brasil idílico, o litoral nordestino mantém seu favoritismo, embora a demanda por um lugar ao sol siga alta em diferentes regiões.

Entre os destinos que despontam como tendência para 2022, a costa de Alagoas aparece em destaque como um dos lugares mais procurados pelos turistas, o que provocou a ampliação da estrutura de serviços turísticos em todo o estado. Fernando de Noronha é outro hit do Nordeste que, com a demanda em alta, estreou no fim de dezembro voos diretosa partir da capital paulista (maior polo exportador de turistas), com saídas diárias operadas pela Azul.

Na região Sul, a costa da esmeralda em Santa Catarina, uma faixa de 60 km em reservas naturais, vem atraindo cada vez mais viajantes de estados vizinhos. Com o recorde de turistas que a região do litoral catarinense recebeu neste fim de ano, o Ponta dos Ganchos Exclusive Resort, complexo hoteleiro em praia privativa, inaugurou novo espaço gastronômico refoprmou os bangalôs Arvoredo, onde a hospedagem pode ultrapassar R$ 4,5 mil por noite.

Sem fronteiras Mesmo os que enfrentam o dólar a R$ 5,70 em terras internacionais compartilham um interesse: temperaturas altas em cenários tropicais. As ilhas Maldivas lideram a preferência no turismo de luxo dos brasileiros, segundo a Abav, com a vantagem de oferecer distância das aglomerações. Por lá, muitos resorts conseguem controlar o cenário de pandemia com os protocolos já adotados, caso da apresentação do teste PCR negativo e do comprovante de vacinação. A rede Minor Hotels, que opera o resort Naladhu Private Island na Maldivas, tem o Brasil entre os seus cinco maiores mercados e depende do fluxo perene desse público. “Brasileiros querem privacidade e natureza em destinos resort”, afirmou Antoine Chahwan, presidente dos hotéis Four Seasons na costa leste dos EUA, Caribe e América Latina. A operação fará quatro inaugurações este ano, incluindo a do Four Seasons Resort Tamarindo, na costa do Pacífico no México.

A razão para as apostas da rede Four Seasons é a forte demanda de turistas com elevado poder aquisitivo. Enquanto o faturamento nesse mercado encolheu 36% no Brasil em 2020, pesquisa da International Luxury Travel Market aponta que, no mesmo período, a classe A passou a gastar mais com suas viagens.

Na América do Sul, o vilarejo José Ignacio, a 40 km de Punta del Este, no Uruguai, virou um dos principais destinos de luxo para o verão abaixo dos trópicos. Desde a reabertura das fronteiras uruguaias, em novembro, as propriedades Vik Retreats, do casal de bilionários noruegueses Alex e Carrie Vik, voltaram a receber turistas brasileiros, um dos maiores públicos da região. Os resorts dos Vik combinam ecoturismo de estância e o bem-estar pé na areia, um cenário típico do balneário, a diárias a partir de 400 euros. É um segmento que vive de viagens sem aglomerações, estradas cheias ou orçamento apertado. Em resumo, seja em points locais ou internacionais, o Brasil vai voltar a viajar.

 

Fonte:Istoé

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