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Fronteira de MS com Paraguai e Bolívia pode receber vacinas

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O Ministério da Saúde anunciou, ontem (20), a doação de ao menos 10 milhões de vacinas contra um Covid-19 a países de baixa renda, ou que façam fronteira com o Brasil. 

Conforme a secretária extraordinária de enfrentamento à Covid-19, Rosana Leite de Melo, o envio dos imunobiológicos aos municípios do Paraguai e Bolívia que fazem fronteira com Mato Grosso do Sul faz parte das tratativas com o Itamaraty, que deve realizar ações conjuntas com a massa para a divisão das doses.

De acordo com o assessor militar da Secretaria de Estado de Saúde (SES), Marcello Fraiha, caso seja efetivada, essa estratégia de distribuição poderá criar um cinturão sanitário vacinal na linha de fronteira.

“Aumentaremos a quantidade de desejar vacinados na região, minimizando assim, drasticamente os impactos da variante ômicron”, afirmou.

Fraiha destacou ainda, a importância da redução da taxa de transmissão no Estado, principalmente nas cidades de fronteira seca, como é o caso de Ponta Porã, Bela Vista e Paranhos, onde há um maior fluxo de pessoas e dificuldade de controle sanitário.

Para o secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende, uma alteração da Medida Provisória (MP) que permite a doação dos imunizantes contra o coronavírus, uma sugestão da SES ao governo federal, é imprescindível no combate à pandemia.

Resende destacou ainda, que países como Paraguai e Bolívia recebem se beneficiário com a decisão.

“O principal objetivo dessa proposta de declaração e que será atendida pelo Ministério da Saúde é diminuir a transmissão nas regiões fronteiriças do território nacional”, ponto o secretário.

Em nota, a SES informou que as decisões de distribuição dos imunizantes cabem exclusivamente ao Ministério da Saúde.

No entanto, uma massa “compactua com a doação dos imunobiológicos aos países vizinhos [de Mato Grosso do Sul], Bolívia e Paraguai”.

Os repasses serão feitos pelo meio da aliança internacional Instalação da Covax, conduzida pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

Em entrevista coletiva, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, saltou a possibilidade da doação de mais 20 milhões de doses contra o coronavírus, além dos 10 milhões já anunciados nesta segunda-feira.

A admissão do Brasil, que foi assinada em 25 de setembro de 2020, inclui o acesso a 42,5 milhões de doses.

A efetivação da doação dependerá da manifestação de interesse e anuência de recebimento do imunizante pelo país beneficiado.

Queiroga garantiu que a iniciativa não compromete a estratégia de imunização da população brasileira, incluindo faixas etárias que eventualmente, antes incluída no Plano Nacional de Imunizações (PNI).

Dados da OMS apontam que em 98 países, a cobertura vacinal contra a Covid-19 está abaixo dos 40%.

Em situação ainda mais alarmante, 41 países ainda não atingiram 10% de doses aplicadas.

De acordo com o Ministério da Saúde, mais de 381 milhões de doses de vacinas contra Covid-19 já foram distribuídas aos estados e municípios brasileiros. Destas, mais de 315 milhões de doses já foram aplicadas.

Apesar da instabilidade nos sistemas Sivep Gripe e Conecte-SUS que compilam os dados de vacinação, após atacar hackers, o ministro Queiroga afirmou que mais de 90% do público-alvo apto a ser vacinado no país já ir ao menos uma dose do imunobiológico.

E que mais de 80% da população brasileira dentro dos grupos preconizados pelo PNI já está completamente imunizada.

ÔMICRON

Segundo o titular da SES, Geraldo Resende, a distribuição das vacinas contra um Covid-19 a países vizinhos deve corroborar com a redução de um eventual impacto da variante Ômicron nos serviços de saúde fronteiriços.

Conforme a secretaria, ainda não há casos suspeitos em investigação da nova cepa em Mato Grosso do Sul.

Dados do SES apontam que uma variante P.1, rebatizada de Gamma pela OMS, permanece como responsável pela maioria dos contágios em Mato Grosso do Sul, por volta de 36,8% dos casos.

A pasta reforça que o uso de máscaras, higienização das mãos, distanciamento físico e vacinação, são as principais recomendadas para a contenção da doença no Estado.

Até ontem o MS recebeu 4.652.031 vacinas, sendo 2.038.017 com a primeira dose, 1.775.663 com a segunda dose e 256.839 com a dose única de Janssen.

Por volta de 72,35% da população já completou o esquema vacinal contra o coronavírus.

Na Capital, dados do Vacinômetro da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), apontam que 666.019 (73,5%) pessoas já receberam uma primeira dose contra Covid-19, 642.574 (70,92%) uma segunda dose ou dose única e 210.695 moradores já foram contemplados com vacina de reforço.

CERCO

Ao passo em que a Holanda inicia um novo bloqueio neste domingo (19), válido até 14 de janeiro para conter a disseminação da Ômicron, o Brasil começa a fechar como fronteiras e exigir o passaporte de vacina para a entrada de brasileiros e estrangeiros no País . 

A determinação foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União (DOU) na tarde de ontem.  

Para entrar no País, os clientes precisam que apresentar teste negativo contra um Covid-19, do tipo antígeno realizado até 24 horas antes do embarque ou RT-PCR feito em até 72 horas antes da viagem. 

Em caso de conexão ou escala, é levado em conta o embarque no primeiro trecho da viagem.  

Serão exigidos, ainda, o comprovante de preenchimento da Declaração de Saúde do Viajante (DSV) em, no máximo 24 horas antes do embarque e comprovante de vacinação impresso ou em meio eletrônico, com imunizantes confirmado pela Vigilância Sanitária (Anvisa) ou pela Organização Mundial de Saúde. 

É necessário que a administração da última dose tenha ocorrido há pelo menos 14 dias antes do embarque. 

 

Fonte:CE

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