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Inflação de novembro tem maior alta para o mês desde 2015

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A inflação oficial de preços perdeu ritmo e subiu 0,95% em novembro, apontam dados divulgados nesta sexta-feira (10) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Apesar da desaceleração ante a alta de 1,25% registrada em outubro, o salto é o maior para o mês desde 2015.

Com o resultado, o IPCA acumula alta de 9,26% no ano e de 10,74% nos últimos 12 meses, acima do registrado nos 12 meses imediatamente anteriores (10,67%). Assim, a inflação acumulada em 1 ano permanece mais do que o dobro do teto da meta fixada pelo governo para 2021 (5,25%).

Inflação de novembro tem maior alta para o mês desde 2015

Mais uma vez, a alta do índice foi puxada pelo grupo de transportes (+3,35%), influenciados pelos preços dos combustíveis, principalmente, da gasolina (+7,38%), que teve, mais uma vez, o maior impacto individual no índice do mês.

Houve altas também nos preços do etanol (+10,53%), do óleo diesel (+7,48%) e do gás veicular (+4,3%) no mês de novembro. Com o resultado, a gasolina acumula, em 12 meses, alta de 50,78%, o etanol de 69,4% e o diesel, 49,56%.

Os preços dos automóveis novos (+2,36%) e usados (+2,38%) também pesaram no bolso das famílias brasileiras no mês. As passagens aéreas, por sua vez, recuaram 6,12% em novembro, após as altas de, respectivamente, 28,19% e 33,86% em setembro em outubro.

O segundo maior impacto na renda das famílias partiu do grupo de habitação (+1,03%) pressionado, novamente, pela energia elétrica (1,24%). Mais uma vez motivada pela bandeira tarifária da Escassez Hídrica, a alta no preço das contas de luz também contou com reajustes nas tarifas em Goiânia, Brasília e São Paulo.

Entre os subitens presentes no grupo de habitação, destaca-se ainda a alta de 2,12% no gás de botijão, que já acumula alta de 38,88% nos últimos 12 meses.

Previsão de estouro da meta também em 2022

Na última pesquisa Focus do Banco Central, os analistas do mercado financeiro aumentaram para 10,18% a expectativa para a inflação de 2021. Confirmada a previsão, essa será a primeira vez que a inflação atinge o patamar de dois dígitos desde 2015 — quando o IPCA somou 10,67%. Em 2020, a inflação foi de 4,52%.

O centro da meta de inflação em 2021 foi fixado em 3,75%. Pelo sistema vigente no país, será considerada cumprida se ficar entre 2,25% e 5,25%. Mas o próprio BC já admitiu oficialmente que a meta não será cumprida neste ano.

Para 2022, o mercado financeiro subiu para 5,02% a estimativa de inflação. A meta central de inflação para 2022 é de 3,50% e será oficialmente cumprida se o índice oscilar entre 2% e 5%. Portanto, o mercado agora prevê o estouro da meta pelo segundo ano seguido.

Em meio à pressão inflacionária, o Banco Central elevou nesta semana a taxa básica de juros para 9,25% – o maior patamar em mais de 4 anos.

Para o fim de 2022, os economistas do mercado financeiro projetam uma Selic a 11,25% ao ano. Mas diversas casas já estimam os juros chegando a 11,75% ao ano no final do 1º trimestre do ano que vem.

*com informações R7 e G1

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