A Black Friday é um fenômeno comercial que nasceu nos Estados Unidos e hoje acontece no mundo todo. A data, comemorada na sexta-feira após o feriado de Ação de Graças (Thanksgiving Day), é marcada por descontos, promoções e preços mais convidativos quando comparada ao restante do ano.
Embora tenhamos herdado essa comemoração dos EUA e haja um esforço para tentar replicar os moldes norte-americanos, a Black Friday brasileira tem suas peculiaridades.
Qual a diferença entre a Black Friday nos EUA e no Brasil?
Uma das principais diferenças da BF americana para a brasileira é a presença em lojas físicas durante o período. Na época em que a data começou a surgir nos EUA, a internet ainda dava seus primeiros passos e nem de longe havia o conceito de lojas virtuais como conhecemos hoje.
Portanto, quem quisesse aproveitar as promoções e os descontos da Black Friday tinha de ir pessoalmente até as lojas físicas, o que acabou criando certa tradição.
Por lá, o período de ofertas está intimamente ligado aos estabelecimentos, por isso é tão normal encontrar imagens de lugares lotados durante a Black Friday estadunidense.
No Brasil, o cenário é um pouco diferente. Como os varejistas começaram a adotar a data no calendário comercial a partir de 2010, o foco acabou sendo direcionado para as lojas virtuais e os e-commerce, que já eram muito populares no período. A ideia era seguir o padrão norte-americano de promoções e ofertas, mas receber a demanda no mundo online.
Com o passar dos anos, a Black Friday foi se tornando mais popular no Brasil, e diversas lojas físicas começaram a fazer promoções para essa data especial. Durante novembro, é normal encontrar estabelecimentos com ofertas seguindo essa temática, embora o volume de vendas online ainda seja maior por aqui.
Quais são os dias de oferta da Black Friday?
No Brasil, aconteceu um fenômeno muito curioso com a Black Friday, e algumas lojas acabaram esticando o dia de promoção, fazendo-o durar pelo menos 1 semana ou até novembro inteiro.
A Black Week ou o Black Month, como alguns estabelecimentos costumam chamar, são uma estratégia para impulsionar ainda mais as vendas ligadas a esse período de ofertas.
Nos Estados Unidos, o intervalo de maiores ofertas e procura é realmente entre a quinta e sexta-feira, com promoções que podem acontecer até mesmo na madrugada da Black Friday. Também é comum que as liquidações se estendam para o fim de semana, o que contribui para limpar o estoque das lojas.
Em comum entre o Brasil e os EUA é a Cyber Monday, que acontece na segunda-feira após a Black Friday. Por aqui, essa data costuma ter um volume de vendas tão alto quanto a sexta-feira. No país norte-americano, a participação desse segundo dia é quase sempre menor.
Foco das compras
O norte-americano costuma enxergar a Black Friday como uma excelente oportunidade para adiantar as compras de Natal. Essa é uma característica bem forte do público e até mesmo o foco das campanhas de lojas que fazem promoções e oferecem descontos no período.
Por aqui, embora isso também possa ser uma realidade, a maioria dos consumidores faz compras pessoais. As categorias mais buscadas são eletrônicos (computadores e celulares) e roupas. No caso de produtos de maior valor, é normal o brasileiro se planejar ao longo do ano para que a compra possa ser feita especificamente na Black Friday.
Descontos de verdade
Por se tratar de uma data muito mais madura do que a brasileira, a Black Friday estadunidense tem preços realmente baixos quando comparados ao valor normal dos produtos. Não é por acaso que as lojas ficam lotadas na noite de quinta para sexta-feira, com diversos consumidores querendo aproveitar os descontos que podem chegar a mais de 90%.
No Brasil, por outro lado, tivemos a infeliz surpresa de perceber que, nas primeiras edições da Black Friday, muitas lojas não estavam aplicando um desconto real nos produtos. Algumas semanas antes do período de ofertas, os estabelecimentos aumentaram os preços para baixá-los para o valor original assim que chegasse a BF.
Como consequência da malandragem, diversos mecanismos que comparam preços foram criados, ajudando os consumidores a se protegerem desse golpe. Além disso, os órgãos fiscalizadores ficaram ligados, punindo as lojas que enganaram os clientes.
Fonte:TecMundo