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Produtor de MS é o 1º do país a usar ativo florestal como garantia de financiamento agrícola

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Modalidade de financiamento da Cédula de Produto Rural Verde foi lançada no dia 1º de outubro, em Bonito, pelo ministro da Agricultura em exercício, Marcos Montes, e o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Guilherme Bastos.

Produtor rural de Mato Grosso do Sul foi o primeiro do país a conseguir financiamento privado utilizando como garantia o maciço florestal existente na propriedade e que supera a área de reserva legal. O produto se adequa à CPR (Cédula de Produto Rural) Verde lançada no dia 1º de outubro, em Bonito, pelo ministro da Agricultura em exercício, Marcos Montes, e o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Guilherme Bastos.

A modalidade de financiamento – com taxas menores ou dispensa do resultado da safra como garantia – deve contemplar propriedades que possuam espaço de vegetação nativa superior em 30% ao destinado à Reserva Legal –  percentual da área total do imóvel rural que deve preservar a cobertura florestal.

Neste caso específico, o proprietário rural se comprometeu a não realizar supressão vegetal em suas nove propriedades do bioma Cerrado, pelos próximos dois anos. O próprio banco será encarregado de fazer o monitoramento por imagens para confirmar as informações prestadas.

Para o secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familar (Semagro), Jaime Verruck: “São mecanismos importantes que apontam para uma nova dinâmica do financiamento agrícola, que já tem várias vinculações ambientais, como a exigência de a propriedade estar inscrita no CAR. Agora, o produtor pode obter condições especiais se comprovar que está fazendo mais do que a lei determina em termos de conservação ambiental. Ou seja: cria-se um ciclo extremamente positivo em que todos ganham e Mato Grosso do Sul avança com segurança para se tornar Estado Carbono Zero”.

Segundo a edição do dia 18 do Jornal Valor Econômico, a operação foi realizada pelo banco Itaú, através do programa CPR Reserva Mais. O nome do produtor e o valor da negociação não foram informados.

Podem pleitear a CPR Verde, além dos produtores, associações e cooperativas rurais. O instrumento é facultativo e privado e visa facilitar o trânsito financeiro entre as partes. Os investidores interessados em aplicar seus recursos em serviços ambientais e os proprietários de florestas interessados em prestar tais serviços devem acertar entre si pontos como modelo de pagamento e seus prazos. Assim como já é realizado na CPR tradicional.

Fonte: Semagro

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