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Festival de Blues & Jazz é mais um produto turístico em Bonito

Saxofonista paraguaio Dominique Bernal e o guitarrista Simão Gandhy, em desafio, desceram do palco para interagir com o público

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Sucesso em organização e de público, o Bonito Blues & Jazz Festival se consolida como um dos maiores eventos culturais do Centro-Oeste, se tornando também um produto turístico que atrai centenas de visitantes ao principal destino de ecoturismo sul-mato-grossense. O Governo do Estado é um dos principais apoiadores da iniciativa do setor privado.

Realizado de 12 a 14 de novembro – feriadão da Proclamação da República – a oitava edição do festival teve uma média de 400 pessoas por noite, público considerado muito bom por reunir um grupo seleto de apreciadores da boa música, em especial no gênero do blues e do jazz. A maioria da plateia foi a Bonito para assistir ao festival, ficando em segundo lugar as belezas naturais locais.

A edição de 2021 homenageou Zé Pretim, o “Bluesman Pantaneiro”, e o fotógrafo Aurélio Vinícius, que morreram este ano e foram presenças assíduas desde o primeiro festival. Também foram lembrados Renato Fernandes, do Bêbados Habilidosos, que faleceu há dois anos, e Claudio Morce, baixista conceituado de São Paulo, que vivia em Corumbá.  Este, tinha planos de tocar no festival, mas morreu de covid.

Corvo e os Maldidos do Cerrado foi uma das melhores bandas a se apresentar no festival

Promoção fora do Estado

“Conseguir fazer um evento no meio musical como este é uma vitória, pois reúne realmente quem aprecia do blues e do jazz”, afirma Carlos Porto, um dos organizadores. “Hoje o festival é um produto turístico muito forte, temos pesquisa que demonstra isso claramente, e também já temos público e bandas locais, de Bonito. O festival estimula tanto o mercado turístico como o artístico”.

A tendência do evento é crescer e para 2022 deve contar com uma super programação, inclusive com a participação de músicos internacionais, em especial da fronteira (Argentina e Paraguai), sinaliza Porto. Com o avanço da vacinação contra a covid-19, os organizadores e patrocinadores estão também seguros para sonhar novos horizontes.

“Para um recomeço, foi um dos melhores festivais, onde, por conta da pandemia (do coronavírus), recomendados, por meio de campanha, para que as pessoas se vacinassem antes de ir a Bonito. Fora a questão da segurança, o amplo espaço cultural do Sesc dispensa comentários, é ideal para reunir esse público especial, formado, em sua maioria, por casais”, diz Porto.

Público vibrou com o show da banda Mr. Willie, com nova formação

Para o organizador, as agências de turismo de Bonito e região precisam despertar para vender esse novo produto turístico, que em 2022 vai ampliar não apenas suas atrações, mas se promover nacionalmente para atrair amantes de dois gêneros musicais de outros estados.

“É um processo natural de formação de público e de atrair o interesse da mídia nacional, no festival deste ano já contamos com a presença de um jornalista da Folha de Londrina, de Curitiba, além da nossa mídia local”, observa. “É nosso propósito ampliar a parceria com o Sesc, cujo espaço, ambiente confortável e ao ar livre, combina com o festival.”

Músico e jornalista Clayton Sales deu sua canja

Público fiel e boa música

O também promotor do evento, Afonso Rodrigues Junior, demonstrou o otimismo da organização pelo sucesso e crescimento do festival, que ganha, inclusive, nível internacional. “Foi uma qualidade incrível, não perde para os grandes festivais realizados no exterior. O público vibrou demais, a receptividade foi maravilhosa, músicos de alto nível”, acrescenta

Em entrevista ao Campo Grande News, Afonsinho definiu os shows como “fantásticos”, destacando a qualidade musical apresentada pelas bandas regionais. “O público ficou muito sensibilizado e se mostrou fiel, interagindo com os músicos. Foi muito bom”, finaliza.

Nas três noites, o Bonito Blues & Jazz Festival contou com as seguintes apresentações: Quinteto Jazz Sectur (Campo Grande, Alan Almeida Quarteto (Caarapó), Tubarões do Rio Formoso (Bonito), Duo Crossroads (Ponta Porã), Simão Gandhy (Dourados), Mr. Willie, Corvo e os Malditos do Cerrado, Sócio’s Band e Caio Ignácio (São Paulo).

Fonte: Texto e fotos por Silvio Andrade

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