Levantamento feito pela Abrafrigo (Associação Brasileira de Frigoríficos) mostra que as exportações de carne bovina brasileira caíram 43% em outubro quando comparado ao mesmo período de 2020. O embargo chinês à mercadoria, que completou dois meses no dia 4 de novembro, tem impacto direto nos números.
Segundo a associação, foram consolidados dados da Secretaria de Comércio Exterior, subordinada ao Ministério da Economia, e 108 mil toneladas de carne foram vendidas pelo Brasil em outubro deste ano, considerando o produto in natura e processado. Já em outubro do ano passado, foram comercializadas 190 mil toneladas.
A China é o principal comprador de carne bovina nacional e corresponde a 60% dos embarques feitos nos portos brasileiros. A suspensão aconteceu após a detecção de dois casos da “doença da vaca louca” em rebanhos nacionais, em frigoríficos de Mato Grosso e Minas Gerais.
A redução no volume representou uma queda de 31% na receita do mês, que passou de US$ 790 milhões para US$ 541 milhões.
No acumulado do ano de 2021, as exportações já têm queda de 2,4%, mas em receitas houve um crescimento de 16% devido ao valor do produto que segue em alta no mercado internacional.
No total 96 países aumentaram suas compras e outros 71 reduziram suas aquisições.
Queda da arroba – O embargo chinês à carne brasileira, por conta dos dois casos de mal da vaca louca, apesar de atípico, causou um acúmulo de carne bovina nos estoques dos frigoríficos.
Para se ter uma ideia do estrago, no início de setembro a arroba do boi gordo em Mato Grosso do Sul era comercializada no patamar médio de R$ 300,00. Hoje já está em torno de R$ 265,00 em média, uma queda de 15%.
Para piorar a situação, essa é a época da entrada o gado confinado no mercado – o que deve forçar ainda mais a queda do preço da arroba em função do aumento da oferta.
Fonte:CGN
