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Após 73 anos Expresso Queiroz encerra atividades em MS

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O Expresso Queiroz começou a transportar passageiros em meados do ano de 1948, muitos antes da divisão do Estado de Mato Grosso, que só ocorreu em outubro de 1977.
A empresa foi lançada em Campo Grande pelo pioneiro do setor de transportes em Mato Grosso do Sul, Loureiro Pereira de Queiroz, e fez história principalmente na Capital e região sul do Estado e nas cidades situadas na fronteira com o Paraguai.
Na semana passada, a direção da empresa foi notificada pela Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos (Agepan), de que teria de paralisar o transporte sob alegação de que não vinha cumprindo com a qualidade dos serviços.

Nascido em 1914 na cidade de Senador Pompeu, no Ceará, Loureiro Pereira de Queiroz chegou bem jovem em Campo Grande, quando ainda era Mato Grosso. Em 1948 colocou o primeiro veículo para circular no transporte de passageiros, uma jardineira mista, o empreendimento foi crescendo e se transformou no Expresso Queiroz, uma das maiores empresas do Estado por várias décadas.
No início, a empresa integrava Dourados, Itahum e Maracaju. Posteriormente ampliou suas linhas interligando Ponta Porã e outros municípios da fronteira com a Capital, assim como cidades da região sul do Estado, como Naviraí, Amambai e Caarapó.
De acordo com a Agepan, auditoria identificou que a empresa de transportes Expresso Queiroz vinha trabalhando em situação precária, sem condições de continuar operando as linhas no sistema de transporte intermunicipal de passageiros.
 
A Agência não renovou as autorizações de linhas e determinou a paralisação. “Outras transportadoras poderão assumir essas linhas e oferecer o atendimento adequado”, diz a agência reguladora, acrescentando que “relatórios gerados pelo processo administrativo de acompanhamento aberto no início de 2021 e por uma recente auditoria técnico-operacional demonstram que a empresa está em situação financeira líquida de insolvência e não cumpre os requisitos para conseguir prestar o serviço”.

A Agepan informou que a partir de fevereiro deste ano, a área de transportes realizou o monitoramento da empresa, considerando suas pendências junto à Agepan, para verificar se havia condições de renovação.

 
Com 14 linhas autorizadas formalmente, a transportadora encontrava-se em meio a um processo judicial de dissolução de sociedade e com pendências cadastrais e financeiras.
Para não acontecer a interrupção repentina do atendimento aos usuários, provisoriamente foi concedida a autorização. No entanto, o compromisso de um Plano de Ação com providências para sanar as pendências não foi cumprido, resultando em uma auditoria técnico-operacional na empresa. A Comissão de Auditoria analisou todos os documentos disponibilizados pela transportadora e os dados disponíveis na própria Agência. O Relatório de Fiscalização de Conformidade Regulatória concluiu pela ‘situação líquida de insolvência’.
 
O Expresso Queiroz continua operando com o transporte de cargas, já o de passageiros estão sendo assumidos por outras empresas de transportes, como Viatur, Viação Umuarama e Cruzeiro do Sul.
Fonte: RepórterMS

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