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Seis meses após vandalismo, estátua de Manoel de Barros continua sem pé e não há previsão para restauração

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Na manhã do dia 24 de abril deste ano, quem passava pela Avenida Afonso Pena com a Rui Barbosa, em Campo Grande, percebeu algo estranho. Ali, a sombra de uma árvore centenária, estava a estátua em bronze do poeta brasileiro Manoel de Barros, instalada há quase quatro anos. Mas, faltava uma parte: o pé esquerdo do poeta havia sido levado. Desde então, a paisagem no local não é a mesma.

De acordo com a Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul (FCMS), um processo interno está tramitando para contratação do artista responsável pela restauração, mas não há prazo e nem previsão de quanto deve ser investido nos reparos.

Pesando aproximadamente 400 quilos, a escultura em bronze foi construída pelo artista plástico Ique Woitschach e instalada no local em dezembro de 2017. A instalação foi uma homenagem aos 101 anos de nascimento do poeta, que é natural de Cuiabá, no Mato Grosso, mas viveu grande parte da vida e ganhou notoriedade em Mato Grosso do Sul.

Com cerca de 230 quilos de bronze, 1,38m de altura por 0,42cm de largura, o custo para construção e instalação da estátua foi de R$ 232 mil, custeados por meio da Secretaria de Estado de Cultura, Turismo, Empreendedorismo e Inovação (Sectei).

A escultura em tamanho real apresenta algumas características marcantes do escritor, conhecido como ‘poeta das miudezas’. Rica em detalhes, desde o sorriso cativante aos seus trajes simples, as pernas cruzadas, o tênis surrado, ao lado de caramujos e do ninho de pomba, com os quais Manoel dialogava e se inspirava entre imagens, lembranças e metáforas.

Na época da instalação, para garantir a conservação do local, o prefeito da Capital, Marquinhos Trad, assinou convênio com a iniciativa privada para manutenção do paisagismo do canteiro.

Já o Governo do Estado firmou um termo de parceria com Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Mato Grosso do Sul (Fecomércio/MS) para garantir a segurança da escultura depois da instalação.

A reportagem procurou a prefeitura, que orientou a reportagem a procurar a Federação do Comércio em Mato Grosso do Sul. Já a Fecomércio, respondeu por meio de nota que:

“Primeiramente lamentamos o ato de vandalismo e esclarecemos que na oportunidade da matéria, caminhávamos para formalizar esta parceria, porém, não houve fechamento de acordo entre as partes com relação a alguns detalhes de contrato. Portanto, não houve assinatura e o Sesc MS não possui qualquer obrigação ou vínculo com a obra”.

A Polícia Civil, responsável por investigar o furto e ato de vandalismo contra a escultura, também não deu retorno sobre o andamento das investigações.

 

Fonte:g1MS

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