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Boi gordo: negócios no mercado pecuário brasileiro seguem em ritmo de conta-gotas

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Nesta segunda-feira (27) os preços do boi gordo registraram estabilidade na maioria das praças pecuárias, informam as consultorias que acompanham diariamente o setor pecuário.

Os negócios envolvendo boiadas terminadas seguem em ritmo de conta-gotas, diante do impasse comercial envolvendo a China, que até o fim da tarde desta segunda-feira não havia se posicionado oficialmente em relação ao prazo para a retomada das exportações – suspensas voluntariamente pelo governo brasileiro (conforme acordo bilateral entre os países) em 4 de setembro, após a confirmação de dois casos atípicos de “vaca louca” (Encefalopatia Espongiforme Bovina-EEB) no Brasil (em Minas Gerais e no Mato Grosso).

Nas praças paulistas, o boi gordo é negociado por R$ 302/@, enquanto a vaca e a novilha prontas para abater valem R$ 281/@ e R$ 299/@ (preços brutos e a prazo), respectivamente, informa a Scot Consultoria.

Segundo a IHS Markit, nesta segunda-feira, muitas unidades de abate optaram por se ausentar dos negócios.

“Boa parte dos frigoríficos apenas replicou hoje as cotações praticadas na última sexta-feira”, diz a IHS, acrescentando que as escalas de abate das indústrias brasileiras seguem bastante ajustadas, atendendo até cinco dias úteis.

Nesse cenário de morosidade nos negócios, relata a IHS, houve espaço para ajustes negativos nas indicações de compra em algumas praças pecuárias do País.

Segundo a consultoria, em alguns casos, os elevados custos com ração forçam a venda quase que imediata do lote quando esse alcança peso ideal para abate, contribuindo para o enfraquecimento nos preços da arroba.

A IHS detectou recuos preços da arroba nos Estados do Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais. “As poucas indústrias ativas nas compras de gado nesta segunda-feira conseguiram fechar negócios a valores mais baixos”, destaca a consultoria.

Porém, na maioria dos casos, as operações de compra envolveram pequenos lotes, o que demonstra que há baixa disponibilidade de gado fora dos contratos a termo, informa a IHS, completando que muitas indústrias continuam se valendo de ofertas de animais oriundas de confinamentos próprios e de parcerias em boiteis para complementar as escalas de abate dos próximos dias.

Na bolsa brasileira, a B3, os contratos futuros do boi gordo tiveram variações mistas.

O primeiro vencimento esboçou recuperação no fechamento da última sexta-feira e volta a operar mais alinhado a R$ 300/@, referência tanto do indicador CEPEA/B3 como também do mercado à vista no interior paulista.

Por sua vez, os demais contratos registraram perdas em função da falta de novidades em relação à retomada das vendas à China.

No atacado, os preços dos principais cortes bovinos, bem como do sebo e couro industrial, abriram a semana com estabilidade, segundo a IHS.

Nesta última semana do mês não há de imediato perspectiva otimista com relação a evolução mais consistente na procura/reposição junto às distribuidoras ou varejistas, já que a entrada da massa salarial só ocorrerá na próxima semana, diz IHS.

“O setor de carne bovina opera com um cenário de estabilidade de preços devido à oferta mais regulada de mercadoria no atacado, em função do menor ritmo do abate. Não há sinais de aumento expressivo na oferta”, acrescenta a consultoria.

Cotações máximas desta segunda-feira (27) segundo dados da IHS Markit:

MS-Dourados:
boi a R$ 300/@ (à vista)
vaca a R$ 281/@ (à vista)
MS-C.Grande:
boi a R$ 300/@ (prazo)
vaca a R$ 283/@ (prazo)
MS-Três Lagoas:
boi a R$ 296/@ (prazo)
vaca a R$ 279/@ (prazo)
SP-Noroeste:
boi a R$ 302/@ (prazo)
vaca a R$ 291/@ (prazo)

Fonte: PortalDBO

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