Divergências entre a prefeita de Jardim, Clediane Matzenbacher (DEM) e o seu vice, Geraldo Alencar (MDB) “esquentaram” o clima político em Jardim, nesta semana. Depois de exonerar o então aliado da função de Secretário de Obras do município, a chefe do executivo municipal foi acusada de envolvimento com a facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), pela esposa do político.
Em um áudio divulgado entre os moradores da cidade, a “segunda-dama”, Janaína Gonçalves dá o aviso. “Eu estou quieta, mas eu não quero abrir minha boca. Eu vou ter que envolver muitos outros que trabalharam para ela, e as pessoas me pediram para aguentar mais um pouco”, diz, sem especificar do que exatamente estava falando.
Revoltada com a demissão do marido, Janaína insinua. “O tempo que ela mandou quebrar as pernas de gente aí, na hora que eu abrir a minha boca ela vai ficar desesperada. E eu não tenho medo do povo do PCC que ela mexe, entende?”, comenta, ainda sem dar explicações. “A Clediane não sabe com quem ela também está mexendo”, completa a esposa do vice-prefeito de Jardim.
Em publicação no Facebook, o vice-prefeito Geraldo Alencar (MDB) comentou que por duas eleições, provou o gosto “amargo da ingratidão”. “Aparentemente, alguns prefeitos só desejam o vice-prefeito durante a eleição, depois querem descartá-lo e até impedir que o seu nome seja anunciado em eventos oficiais da prefeitura, como ocorreu recentemente aqui em Jardim”, publicou.
A reportagem entrou em contato com o vice-prefeito e a sua esposa, nesta sexta-feira (10), mas as ligações não foram atendidas. Já a prefeita de Jardim, Clediane Matzenbacher (DEM) disse que se manifestaria através de nota. No documento, ela afirmou que ela e o ex-aliado não estavam tendo o “mesmo propósito”.
“Eu e Geraldo não estávamos caminhando pelo mesmo propósito, que é JARDIM! Durante várias reuniões tentei alinhar demandas com os ex secretários, Geraldo Alencar e Lizete Pereira Bazzo, mas estávamos indo em caminhos divergentes e a ruptura precisou acontecer”, pontuou.
Sem também detalhar quais foram os motivos da exoneração de seu vice, Clediane manifestou “que uma exoneração é feita somente quando as demandas e trabalhos não estão sendo executados da maneira que deveriam ser”.
Quanto às acusações feitas pela esposa do vice-prefeito sobre o PCC, a chefe do executivo afirmou serem “inverídicas” e que “todas as medidas judiciais cabíveis estão sendo tomadas”, concluiu.
Fonte:CGN