A Polícia Civil já está em diligências para encontrar o assassino de Bruna Moraes Aquino, de 22 anos. O crime, que ocorreu na noite desta quarta-feira (1º), pode ter ligação com a extensa ficha criminal do namorado da jovem, Ewerton Fernandes da Silva, de 34 anos, e teria sido motivado por vingança. O rapaz também foi ferido de rapão pelo atirador.
O delegado que está a frente das investigações, Nilson Friedrich, da 4ª delegacia de Polícia Civil, informou que ainda investiga quem seria o real alvo do atirador. “Estamos em contato com os familiares, no hospital, em diligências no local dos fatos para esclarecer essa questão, se o objetivo era a mulher ou o homem”, disse.
Weverton, conhecido como “Passarinho”, acumula diversas passagens pela polícia, como violência doméstica, calúnia, roubo majorado pelo emprego de arma, violação de domicilio, lesão corporal, furto, tráfico de drogas e dano. “Uma das linhas de investigação é que o crime possa ter ligação com a ficha criminal, se seria uma vingança”, afirmou Nilson.
O rapaz contou que três dias atrás, entre os dias 29 e 30 de agosto, ele e Bruna foram perseguidos por dois homens em uma moto, que atiraram contra o carro, depois de confusão em casa noturna na Avenida Ernesto Geisel com a Salgado Filho.
Na data, a jovem chegou a ser atingida de raspão na nuca, mas preferiu não registrar boletim de ocorrência. Em depoimento, o homem afirmou que o disparo aconteceu, depois que ele discutiu com um homem chamado “Wellington”, que teria dado em cima da namorada.
A morte – De acordo com o registro policial, Bruna estava com o namorado Ewerton, em um Volkswagen Gol prata, quando um homem, ainda não identificado, usando roupas escuras e capacete, se aproximou do veículo a pé, parou do lado da porta do passageiro e disparou contra o casal.
Weverton contou à polícia que percebeu que havia sido atingido de raspão no braço e, logo em seguida, viu a jovem inconsciente, sangrando muito, por isso, acelerou o carro e foi para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Universitário. Segundo o depoimento de Ewerton, foram três ou quatro disparos.
Bruna chegou sem vida na unidade de saúde e a polícia foi chamada pelos funcionários da UPA. Na delegacia, Ewerton disse aos policiais que não sabia quem seria o autor dos disparos.
Passagens – Conforme apurado pela equipe de reportagem, Ewerton possui várias passagens pela polícia entre 2007 e 2019. O homem soma registros de violência doméstica (2007, 2011, 2013), calúnia (2008), roubo majorado pelo emprego de arma (2008), violação de domicilio (2011), lesão corporal (2014), furto (2014), tráfico de drogas (2017) e dano (2019). Por duas vezes – em 2008 e 2017 –, foi preso em flagrante.
Fonte:CGN