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Variante delta torna imunidade coletiva impossível, diz cientista

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A variante delta tornou impossível o alcance da imunidade coletiva contra a covid-19. A informação vem do cientista responsável pela vacina Astrazeneca, Andrew Pollard, professor da Universidade de Oxford.

Segundo Pollard, isso ocorre porque a variante, além de mais transmissível, possui a capacidade de infectar pessoas que já foram imunizadas. A fala foi feita em uma reunião parlamentar online, realizada no dia 10 de agosto, no Reino Unido.

“Sabemos muito claramente com o coronavírus que esta variante atual, a variante delta, ainda infectará as pessoas que foram vacinadas, e isso significa que qualquer pessoa que ainda não foi vacinada, em algum momento, encontrará o vírus”, disse Pollard.

Alguns especialistas esperavam que a imunidade coletiva para a covid-19 pudesse ser alcançada como aconteceu com o sarampo, outra doença altamente infecciosa. Muitos países, como o Brasil, chegaram a alcançar a imunidade coletiva contra a doença vacinando 95% da população. Isso acontece porque uma pessoa vacinada contra o sarampo não pode mais transmitir o vírus. Já com a variante delta do coronavírus é diferente, pois mesmo vacinadas, as pessoas ainda podem contrair e transmitir a doença.

As vacinas disponíveis cumprem o papel principal, que é proteger contra formas graves da doença e mortes. De acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC), as pessoas vacinadas que contraem a variante delta têm 25 vezes menos probabilidade de ter um caso grave ou morrer: a grande maioria apresenta apenas sintomas leves ou nenhum sintoma.

Variante delta

Identificada pela primeira vez no fim de 2020, na Índia, a nova linhagem do coronavírus é pelo menos 50% mais contagiosa do que as variantes anteriormente conhecidas, o que é resultado da evolução do coronavírus. No Brasil, a variante delta já está circulando ao menos desde o mês de maio, e é responsável por pelo menos 23% dos novos casos.

A delta já se tornou a variante dominante em países como Estados Unidos e Reino Unido, que possuem a maior parte da população completamente vacinada. Nesses locais, a doença tem atingido a população não vacinada.

Estudos preliminares mostraram que os infectados pela variante têm uma carga viral maior, o que aumenta a transmissão da doença. Recentemente documentos do CDC apontaram que o vírus com a mutação parece causar uma covid-19 mais severa do que as variantes anteriormente conhecidas.

 

 

Fonte:TecMundo

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