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Em 5 dias, quatro jovens na faixa dos 20 anos foram mortos a tiros na Capital

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Com idades entre 22 e 27 anos, quatro jovens foram mortos com tiros em Campo Grande nos últimos cinco dias. Todas vítimas têm alguma passagem pela polícia, seja na adolescência ou já na fase adulto. Os crimes vão de arrebatamento de preso a tentativa de homicídio, mas foram assassinados no meio da rua “sem motivo aparente”.

Os homicídios foram registrados no intervalo dos dias 7 e 12 de agosto. O mais recente, noite desta quinta-feira (12), rapaz identificado como Gabryel foi morto com três tiros em cruzamento no Bairro Celina Jalad. O crime aconteceu por volta das 22h10 e segundo moradores da região, o rapaz era conhecido por furtos e por ser usuário de drogas.

Na manhã desta sexta-feira (13), inclusive, equipe da reportagem esteve no local onde o rapaz foi assassinado. Na esquina das ruas Ricardo Alexandre Gobetti a Marilda Avelina Peres outros três jovens foram encontrados.

Dois deles adolescente de 17 anos e um rapaz de 20. Os três não quiseram se identificar, mas contaram que Gabriel era usuário de drogas e já tinha “colado” algumas vezes com o grupo.

“Ele era conhecido como Máscara. Vivia andando aqui na rua. Cometia vários furtos para usar droga. Certeza que morreu por dívida de droga. Não podia nem voltar para casa porque a esposa chamava a polícia para ele. Colava aqui com a gente às vezes, ficava um pouco e sumia”, disse o rapaz de 20 anos.

Horas antes, ainda na madrugada do dia 12, Rodrigo Pereira de Oliveira, 25 anos, foi encontrado morto na Avenida Calógeras, no Centro da Capital. Ele estava em uma calçada de barriga para baixo e com marca de tiro nas costas.

Rodrigo estava sem documentos e foi identificado com ajuda da central de monitoramento da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) por meio do número da tornozeleira eletrônica que estava usando.

Um dia antes, 11 de agosto, Ailton Franco da Silva, 24 anos, foi achado morto em uma estrada vicinal perto da Avenida Guaicurus. O rapaz foi atingido por mais de 20 disparos de pistola 9mm. Segundo a mãe, a vítima foi sequestrada, no Jardim Centro-Oeste, um dia antes do homicídio por um grupo encapuzado, armado com metralhadora, de colete e se identificando como policiais.

Ailton responde apenas a um processo de “arrebatamento de preso”, consequência de uma confusão no Jardim Canguru, em 2015. O também rapaz tem algumas passagens pela polícia ainda quando adolescente por: dirigir sem carteira, ameaças, vias de fato e furto. Depois de adulto, ainda foi indiciado por direção perigosa e uma ameaça.

E no começo do mês,  dia 7 de agosto,  Jhonny Cleiton Gomes Miguel, 22 anos foi morto com a tiros no Jardim Colibri.  Segundo testemunhas, dois homens em uma motocicleta efetuaram os disparos em direção à casa onde Jhonny estava. Ele foi atingido por dois disparos e morreu no local.

O rapaz estava foragido de presídio desde novembro de 2018 e acumula passagens por furto, roubo, tentativa de homicídio, receptação e porte de drogas.

Segundo a Sejusp (Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública), entre janeiro e julho deste ano foram registrados 59 homicídios dolosos – com intenção de matar – na Capital, nove a menos que no mesmo período em 2020.

No entanto, a pasta não tem dados divididos por faixa etária, região onde o crime aconteceu e se a vítima tinha alguma passagem policial.

Corpo de Ailton sendo retirado da área onde foi encontrado (Foto: Kisiê Ainoã)
Corpo de Ailton sendo retirado da área onde foi encontrado (Foto: Kisiê Ainoã)

 

Fonte:CGN

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