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Com aumento de 26% no ano, gasolina passa de R$ 6,30 no Estado

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O litro da gasolina em Mato Grosso do Sul aumentou 26,41% em 2021 e já é comercializado acima de R$ 6,30 em municípios.

Na primeira semana de janeiro, o combustível era comercializado pelo preço médio de R$ 4,58, indo do mínimo de R$ 4,46 ao máximo de R$ 4,77, já nos preços aferidos na semana passada, o litro foi a R$ 5,79, variando entre R$ 5,59 e R$ 6,33.

Conforme os dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o preço do litro variou bastante entre as cidades do Estado na última semana.

Em Campo Grande, o litro é comercializado pelo preço médio de R$ 5,72 – variando entre R$ 5,59 e R$ 5,79. Enquanto Corumbá registra o maior valor vigente indo de R$ 6,28 a R$ 6,33 – média de R$ 6,31 por litro.

Já em Dourados, o combustível na versão comum varia do mínimo de R$ 5,89 ao máximo de R$ 6,06, média de R$ 6,06.

Segundo o diretor do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis Automotivos (Sinpetro-MS), Edson Lazarotto, o preço na Capital tem se mantido.

“É importante frisar que a gasolina tem se mantido no preço médio na Capital entre R$ 5,59 e R$ 5,79, dependendo da forma de pagamento”.

De janeiro a julho, o litro do combustível aumentou R$ 1,21. Já na comparação com o mesmo período do ano passado, o aumento é de 34,02%. Na última semana de julho de 2020, a gasolina custava R$ 4,32, ante os R$ 5,79 atuais.

No comparativo da média mensal, o preço médio praticado em Mato Grosso do Sul foi de R$ 5,81 em julho, o maior valor da série histórica da ANP.

REFINARIAS
O último reajuste anunciado pela Petrobras nas refinarias passou a valer no dia 6 de julho, aumento de 6% na gasolina e 3,7% no diesel.

“Como sempre frisamos, a Petrobras utiliza dois pilares para reajuste de petróleo, que é a paridade internacional dos preços do barril de petróleo e a oscilação do dólar”, disse Lazarotto.

O general Joaquim Silva e Luna assumiu a presidência da Petrobras em abril deste ano, e foi o primeiro aumento indicado por sua gestão.

Indicado pelo presidente Jair Bolsonaro, o general assumiu sob a promessa de controle do aumento no preço dos combustíveis.

Quando passou a vigorar o novo aumento anunciado nas refinarias, o presidente tem atribuiu a culpa do alto preço do combustível ao Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS), estipulado pelos governos estaduais.

“Tudo me culpam, né? Preço dos combustíveis: tivemos agora, há dois dias, um aumento no preço dos combustíveis, e obviamente o mundo cai na minha cabeça”, afirmou Bolsonaro durante live no início do mês passado.

“[…] O preço mais barato [do Brasil], acredite, é no Maranhão. […] Mas aí vem seu governador, do Partido Comunista do Brasil [PCdoB], e mete a mão no ICMS”.

O ICMS que incide sobre a gasolina é de 30% em Mato Grosso do Sul.

Segundo a Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e Lubrificantes (Fecombustíveis), em agosto, os impostos federais representam R$ 0,68 por litro de gasolina e o ICMS representa R$ 1,70 sobre o litro no Estado.

ETANOL
Apesar de a gasolina ter aumentado, trocar o combustível fóssil por etanol continua inviável em Mato Grosso do Sul.

Na semana passada, enquanto a gasolina era comercializada a R$ 5,79, o etanol custou R$ 4,46, ou seja, 77% de diferença. Para compensar a troca, é necessário que a diferença seja menor que 70%.

Para calcular qual opção será mais eficiente financeiramente, é necessário dividir o valor do etanol pelo valor da gasolina e multiplicar por 100.

Se o resultado for inferior a 70, é mais vantajoso abastecer com etanol, caso contrário, é mais vantajoso abastecer com gasolina.

“Os consumidores precisam analisar os valores entre gasolina e o álcool para saber qual se torna mais viável, porém, o álcool precisa de uma maior quantidade na queima para ter a mesma eficiência que a gasolina, mas acaba que a diferença de preço entre um e outro desperta atenção do consumidor”, afirma o economista Marcos Rezende.

 

Fonte:CE

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