Localizado no Vale do Araguaia, no norte de Goiás, o grupo KQ Alimentos é referência na recria e engorda de bovinos de corte, não só no estado goiano como em todo o Brasil. Os números falam por sí: são mais de 41 mil cabeças de gado produzidas nas 7 fazendas próprias (9.020 ha) e em mais 18.000 ha de áreas arrendadas em outras propriedades. Não é à toa que o proprietário de tudo isso, Kiko Quagliato, seja conhecido como o Rei do Gado.
Em 1993, quando Kiko iniciou as atividades na região, a produção contava com 1000 cabeças. De lá para cá, a operação se desenvolveu em níveis excelentes com a melhoria dos manejos e a demanda por tecnificação e capacitação de mão de obra constituíram-se dois grandes pilares da KQ Alimentos.
Pecuária de Precisão
O zootecnista Anderson Oliveira atua na KQ há 4 anos como supervisor de confinamento na Fazenda Favorit@. Ele destaca a pecuária de precisão – somada às melhores práticas de nutrição e sanidade – como caminho a ser seguido. É o que hoje permite terminar 25 mil cabeças para os mercados mais exigentes e abater animais acima de 22@ até 24 meses de idade.
A necessidade de tornar os processos mais eficientes levou a KQ a implantar tecnologias que permitem mais produtividade, reduzem erros de gestão e fornecem informações mais precisas, fatores que também colocam o grupo à frente no mercado de bovinos.
Para além do ganho de eficiência, o objetivo de tais tecnologias é contar com dados confiáveis e informações reais, as quais norteiam toda a tomada de decisão da KQ. Dessa forma, o grupo consegue oferecer um produto de qualidade e permanecer dentro da margem de lucro, mesmo em momentos de baixa do mercado.
Gestão bem aplicada
Uma das tecnologias recentes adquiridas pelo gerente geral da KQ Alimentos, Thiago Amorim, é o sistema de gestão pecuária iRancho. Anderson explica a escolha: “Implantamos o iRancho pensando na produtividade e no bem-estar animal, para reduzir o tempo do rebanho nos manejos e facilitar a leitura e toda a movimentação de animais no complexo”.
Tendo o iRancho como sua principal ferramenta de trabalho, Gabriela Pereira, engenheira agrônoma na Favorit@, consegue realizar todo o trabalho de rastreabilidade. Com a utilização dos chip’s eletrônicos e brincos Sisbov, ela consegue registrar o histórico do rebanho no iRancho, compreendendo suas movimentações desde a compra até o abate.
“Para se ter uma ideia, o sistema permite verificar todas as subdivisões, lotes e pastos de todas as fazendas, a quantidade de animais em cada pasto, a média de peso desses animais e o peso individual, o histórico de pesagens, data da compra e abate, estoque de brincos, quais lotes estão prontos para entrar em confinamento aqui na Favorit@. Então, é uma ferramenta bem completa”, explica a engenheira.
Produtividade
Além do suporte prestar atendimento 7 dias por semana e em feriados, outros diferenciais do iRancho apontados por Gabriela são: a interface intuitiva do sistema, que permite localizar relatórios operacionais de forma rápida e precisa; o funcionamento offline nos currais e a possibilidade de utilizar o software em diferentes fazendas e com diferentes funcionários ao mesmo tempo.
Hoje, a produtividade é nítida na rotina de trabalho, principalmente nos manejos. Se antes era feito o aparte e transferência de 100, 120 animais por hora, hoje, com o iRancho, é possível apartar e transferir 230 a 240 animais no mesmo período de tempo.
Esse caminho de precisão e eficiência, apontado e seguido por Anderson e Gabriela na KQ Alimentos é o que tem deixado muitos pecuaristas na rota do sucesso. Por sua vez, produtores que ainda se baseiam em achismos e resistem em tecnificar a gestão, mesmo os considerados pequenos, correm o sério risco de saírem desse itinerário.
O conselho do supervisor de confinamento, Anderson Oliveira, é claro: “A tecnologia precisa ser aplicada independente do volume de produção, seja por um smartphone, computador ou ainda um caminhão mais tecnológico”, finaliza.
Fonte: PortalDBO