Segundo os analistas de mercado, a alta do milho das últimas semanas foi devida aos estragos provocados pela ocorrência de geadas no Paraná, um dos grandes produtores nacionais, que teve uma forte redução na sua oferta. Na avaliação do Deral (Departamento de Economia Rural) desta semana cerca de 42% das lavouras apresentavam condições ruins, 46% médias e apenas 12% condições boas.
“O rendimento caiu de 5.166 kg/hectare da última safra, para 4.020 kg/hectare na safra atual, com algumas lavouras ainda menos que isto. A expectativa de produção passou a ser de 9,82 milhões de toneladas, cerca de19% a menos do que as 12,17 MT colhidas na segunda safra do ano anterior”, aponta a Consultoria.
Os especialistas ressaltam que “quebras semelhantes ocorreram em outros estados, reduzindo a expectativa de produção total de milho no Brasil para esta safra, para 93,38 milhões de toneladas, contra 102,58 MT produzidas no ano anterior. Os estoques finais do milho no Brasil estão previstos em 5,46 milhões de toneladas, contra 10,60 MT da safra anterior, segundo o relatório da Conab desta semana”.
A TF Agroeconômica aponta que as altas poderão ser contrabalanceadas, pelo menos para os grandes compradores, pelo milho argentino, que chegaria no interior do estado de Santa Catarina, por exemplo, a menos de R$ 90,00 CIF, contra R$ 98,00 pedidos atualmente pelos vendedores locais e com abundância de volume para fazer frente à escassez do estado.
Fonte: Agrolink