NotíciasSaúde

Mato Grosso do Sul tem 14 variantes de covid, mas predomínio é da P.1 de Manaus

Compartilhar:

Hoje em Mato Grosso do Sul a maioria dos casos de covid-19 são do tipo P.1, a mutação do vírus que surgiu em Manaus e que resultou em um surto da doença causando uma terceira onda no país com colapso no sistema de saúde pública.

Conforme os dados divulgados pelo governo do Estado são pelo menos 14 variantes da SARS-CoV-2 em 48 municípios. O mapeamento genômico reforça a necessidade das medidas de prevenção como distanciamento social, uso de máscaras de proteção e higiene constante das mãos.

Última análise, com 37 amostras, revelou predominância da variante P1 - mais contagiosa (Foto Divulgação)
Última análise, com 37 amostras, revelou predominância da variante P1 – mais contagiosa (Foto Divulgação)

“A P.1 é muito mais contagiosa. Essa variante genômica, o que sabemos é que ela é 2,4 vezes mais transmissível que as outras linhagens do coronavírus. A B.1.1.28 foi mais predominante no ano passado, mas ela era muito menos transmissível. Com a alta circulação da P.1, é preciso fortalecer políticas públicas que promovam o distanciamento físico e o uso da máscara”, alerta a secretária-adjunta de Saúde, Christine Maymone.

No período de 7 a 21 de junho de 2021, foram sequenciados os genomas virais de 37 amostras clínicas (swab nasofaringeano) coletadas em 2020 (maio, junho e dezembro) e 2021 (março, abril e maio), em 11 municípios sul-mato-grossenses. Dessas amostras, 26 eram da variante P.1.

Nesse levantamento, entre os infectados pela linhagem manauara estavam homens e mulheres com 17 anos ou mais de Campo Grande, Amambaí, Antônio João, Bela Vista, Brasilândia, Dourados, Ivinhema, Naviraí, Ponta Porã e Três Lagoas.

“É possível observar que houve uma mudança das linhagens ao longo do tempo, sendo que a partir de 2021 a linhagem P.1 passou a ser a mais predominante”, diz o relatório feito em parceria pela UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) e Lacen (Laboratório Central).

Mutações – Ao longo da pandemia foram 213 casos de variantes mapeados no Estado, incluindo 64 da mutação P.1, o que representa 30% das amostras. Na sequência aparecem mais linhagens brasileiras, a B.1.1.28 (28,6%), B.1.1.33 (18,8%) e a P.2 (15,5%).

Ao longo da pandemia foram encontradas mutações em 48 municípios de MS (Divulgação)
Ao longo da pandemia foram encontradas mutações em 48 municípios de MS (Divulgação)

As outras mutações encontradas foram: B1 (responsável pelo surto no norte da Itália no início de 2020), B1.212 (sul-americana), N.4 (Chile), P.1.2 (Brasil, Argentina, Países Baixos, EUA e Espanha), A.2.5.2 (Itália, EUA e Reino Unido), B.1.1 (Europa), B.1.1.247 (regiões norte da Europa e da África e Gâmbia, na África Ocidental) B.1.1.274 (Inglaterra, Tailândia, Rússia e EUA), B.1.1.44 (Reino Unido, Dinamarca e Islândia) e B.1.240 (EUA).

 

 

 

 

 

 

 

Fonte:CGN

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo