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Militares de três estados se unem para blindar pesca predatória durante estiagem

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A maior seca dos últimos 91 anos na bacia do rio Paraná impacta também no turismo e na segurança pública. Com a estiagem que já dura mais de 75 dias, bancos de areias se formam em trechos do afluente e prendem cardumes que ficam vulneráveis para a pesca predatória.

A PMA (Polícia Militar Ambiental) de Anaurilândia e comandantes de unidades do Paraná e de São Paulo responsáveis pela fiscalização da maior parte da área do rio sobrevoaram a região para planejamento de proteção dos peixes devido ao baixo nível de água do rio.

O objetivo foi diagnosticar a situação para planejar um conjunto de fiscalização preventiva à pesca predatória. O sobrevoo foi realizado até a região do Parque Estadual das Várzeas do Rio Ivinhema. No percurso foram identificados vários trechos que há visibilidade do fundo do rio.

Segundo a PMA, com o nível de água do rio muito baixo os cardumes ficam mais vulneráveis, especialmente porque ficam visíveis em alguns pontos e podem ser depredados por ações de pesca predatória. Além disso, os cardumes se concentrarem nas partes mais profundas e, no deslocamento, eles ficam visíveis e com pouco espaço de defesa e os pescadores conhecem este comportamento.

Os policiais destacaram que haverá necessidade de fiscalização intensiva e conjunta das Polícias Militares Ambientais dos três estados neste período, tendo em vista de que a previsão é que a situação de seca dure até outubro.

A região é conhecida pelo número muito grande de pescadores profissionais e pela pesca amadora efetuada por moradores e turistas. É comum o uso de petrechos de pesca, especialmente do tipo redes de pesca, que tem alto poder de captura de cardumes é comumente utilizado, inclusive, quando fica com baixa quantidade de água, há a possibilidade de arrastão de cardumes com esses petrechos, que possuem alto poder de depredação de peixes.

Outro tipo de petrecho de malha que tem alto poder de captura são as tarrafas, que em situação de rio com pouca água, são lançadas diretamente ao meio dos cardumes, devido sua visibilidade.

Vale lembrar que o desrespeito à legislação pode levar os infratores a serem presos e encaminhados à Delegacia de Polícia para lavratura do auto de prisão em flagrante, podendo, se condenados, pegar pena de um a três anos de detenção. Todo o material de pesca e mais motor de popa, barcos e veículos utilizados na infração são apreendidos e são aplicadas multas administras em um valor que variam de R$ 700 a R$ 100 mil.

 

Fonte:CGN

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