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Vacina contra Alzheimer é aprovada em 2ª fase de testes em humanos

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Segundo artigo publicado no periódico Nature Aging, uma vacina experimental contra o Alzheimer, desenvolvida pela Axon Neuroscience, foi aprovada em sua segunda fase de testes em humanos, conduzida ao longo de 24 meses. A substância se mostrou segura e produziu resposta imunológica a determinados fatores da doença.

De um total de 193 participantes, 117 receberam 11 doses da chamada AADvac1, baseada em peptídeo, enquanto o restante, em estudo duplo-cego e randomizado, tomou placebo. Os imunizados manifestaram altos níveis de atuação de anticorpos IgG contra aglomerações anormais de proteínas tau, prejudiciais ao cérebro.

O último ensaio sugeriu uma neurodegeneração mais lenta no primeiro grupo, reduzida em cerca de 30% quando comparada à da outra parcela. Nesta etapa, não se sabe, ainda, se a vacina possibilita a reversão da condição.

Petr Novak, líder da pesquisa, declarou em entrevista ao MedPage Today : “Até onde sei, esta é a primeira vez que uma imunoterapia com alvo tau mostrou evidências claras de impacto no processo neurodegenerativo e uma forte indicação de efeito clínico em pacientes com perfil confirmado de biomarcador da doença de Alzheimer”.

Cautela e esperança
Apesar dos sinais promissores, destaca o time, ainda é cedo para comemorar. Isso porque, em toda a amostra, efeito significativo algum foi encontrado em testes cognitivos funcionais, assim como os resultados, além de atestarem exclusivamente a ausência de efeitos adversos, estão relacionados a uma pequena quantidade de indivíduos, especialmente os afetados pelo Alzheimer ligado à tau. Mais pesquisas, então, são necessárias.

De todo modo, em um subconjunto específico, 109 pacientes tinham maior probabilidade de positividade para os biomarcadores avaliados, e o fato é importante. Além disso, dúvidas são comuns na procura por algo que auxilie cerca de 35,6 milhões de pessoas no mundo atingidas pela doença, segundo estimativas da Organização Mundial da Saúde.

Por fim, ajustes serão necessários aos testes de multiplicidade, já que algumas limitações não foram pré-especificadas no protocolo do estudo. “Esses resultados devem, portanto, ser interpretados com cautela e exigirão confirmação no desenvolvimento clínico futuro”, ponderam os cientistas.

 

Fonte:TecMundo

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