Embora mantenha as projeções iniciais de produtividade média de 75 sacas por hectare e produção total de 9,013 milhões de toneladas nos 2,003 milhões de hectares cultivados no Estado, o documento deve sofrer revisão porque apenas 6% das lavouras estão em boas condições; regular são 71% e ruim 23%.
No levantamento de campo feito na última semana de maio, os técnicos do Siga-MS apuraram que houve casos de perda total em razão de estiagem e queda de granizo, motivo pelo qual “alguns produtores já planejam gradear a cultura do que colher, haja vista que o custo com a operação das máquinas sem perspectiva de produção inviabiliza a continuidade do cultivo”.
“Quanto ao clima, o final de semana passado foi marcado por chuva que variou entre 1 e 62 mm porém com queda de granizo na região sul, sudeste e sul-fronteira do estado, causando danos em algumas lavouras. Até o momento as regiões que registraram as piores condições nas lavouras foram oeste e centro”, detalha o boletim Casa Rural.
Tornado público na terça-feira (01) por Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul) e Aprosoja-MS (Associação dos Produtores de Soja), o documento acrescenta que o prognóstico de precipitação pluviométrica acumulada indica até 130 milímetros em junho e 80 milímetros em julho, índices inferiores à “demanda hídrica exigida pela cultura no desenvolvimento do seu ciclo”.
“As regiões oeste e centro possuem as piores condições das lavouras, juntas representam 85% da área plantada do estado. As regiões sul, sudeste e sul-fronteira enfrentaram entre os dias 29 e 30 chuvas fortes com granizo provocando o acamamento e desfolha em algumas lavouras”, pontua o Siga-MS.
Na região sul, onde estão os municípios de Itaporã, Douradina, Dourados, Deodápolis, Angélica, Ivinhema, Glória de Dourados, Fátima do Sul, Vicentina, Caarapó e Juti, foram apuradas precipitações entre os dias 24 e 30 de maio nas propriedades acompanhadas, com registro de 62 milímetros em Angélica, 41 milímetros em Itaporã e Dourados, e 32 milímetros em Caarapó.
Com isso, a região tem 23% das lavouras em condições ruins, com sintomas de elevada perda de potencial produtivo, 65% regular, com “plantas que apresentam poucos danos causados por pragas, stand razoável e pequenos amarelamentos das plantas em desenvolvimento”, e 12% bom.
Fonte: SigaMS