O grupo já realiza encontros na cidade no formato de ‘célula’ e agora se prepara para iniciar os cultos na igreja. Com a orientação do pastor Líncio Júnior, a Sou Casa segue os moldes da igreja evangélica e oferece a oportunidade de participação a todas as pessoas, independente da orientação sexual,.
“Todas as pessoas estão convidadas a participar, o objetivo é que a palavra de Deus seja anunciada a todos. No entanto, o intuito principal da implantação da Igreja inclusiva, em Dourados, é receber principalmente o público LGBTQIA+”, conta o pastor Júnior.
A igreja teve início há cerca de um ano e meio em Três Lagoas e, atualmente, conta com aproximadamente 30 membros. Já são aproximadamente 15 participantes nas células em Dourados, que agora se preparam para seguir com as atividades da igreja em um templo religioso, com a orientação dos responsáveis de Três Lagoas que já acompanhava o grupo douradense.
Segundo o pastor, os cultos são semelhantes ao formato de outra igreja evangélica convencional, com a diferença dos membros aceitar e entender a condição sexual de cada indivíduo, onde não existe oração de libertação nesse sentido, por exemplo.
“Nós entendemos e aceitamos a condição sexual intrínseca de cada indivíduo. Nesse sentido, a igreja será aberta para todos aqueles que queiram servir a Deus como são”, afirma.
O pastor conta que ainda não presenciaram episódios de preconceito ou resistência, mas sabem da polêmica que a abertura da igreja pode gerar.
“Estamos à frente da missão tão somente por amor a Deus e as pessoas. Sabemos o quão polêmico é essa pauta, mas estamos em todo tempo sendo direcionados por Deus”, disse.
Atividades
A coordenação da Sou Casa está na fase de busca por um salão para o início das atividades que é previsto para dia 15 de agosto e já teve resposta positiva também de autoridades políticas.
O grupo de Dourados também possui página no Instagram, onde é possível obter informações sobre os cultos e encontros.
História
A Igreja Inclusiva Sou Casa iniciou através da Bispa Daiane, em Três Lagoas, que sempre frequentou igreja evangélica convencional, e não aceitava sua condição sexual. Segundo o pastor Líncio Júnior, ela sofria por buscar a ‘libertação’ sem conseguir êxito.
“Os desgastes emocionais a cada dia a deixava infeliz, pois não entendia, porque Deus não fazia nada a respeito. Até que um dia Deus a visitou de uma forma especial e ministrou na vida dela que ela não precisava ser liberta da condição sexual e que Ele a formou desde o ventre da mãe”, conta.
Desde então ela iniciou as atividades da Sou Casa e segue à frente da igreja.
Fonte: DN