Com 35 anos de experiência e um vasto roteiro de viagens pelos “quatro cantos” do mundo, o fotografo subaquático suíço, Franco Banfi, com especialização em registrar a vida selvagem, contou com exclusividade ao G1, a experiência de fotografar sucuris gigantes nos rios de águas cristalinas de Mato Grosso do Sul.
“A sensação de fotografar uma cobra como essa, é que pessoalmente, ela parece ser mais escura, mas quando chega-se perto, é possível ver o quão grande essa sucuri é. Em toda minha carreira, essas são as maiores que já fotografei”. É incrível!, explicou ao G1.
Banfi, de 63 anos, conta que os registros foram feitos durante as expedições que sempre acontecem no inverno, porque esse é o período de acasalamento da espécie, o que torna mais fácil avistá-las (leia mais abaixo). No entanto, em 2020 essas excursões foram canceladas, por conta da pandemia de Covid-19.
Franco Banfi, durante expedições de fotografia pelo mundo. — Foto: Arquivo Pessoal
Debaixo d’água ou em solo firme, profissionais estrangeiros e apaixonados pela vida selvagem chegam anualmente ao estado, na região de Bonito, a 300 km de Campo Grande, em busca dos exemplares que chegam a medir 7 metros de comprimento.
Mas, diante da impossibilidade de expedições – o que consequentemente inviabiliza novas imagens desses répteis –, o fotógrafo que além de fotografar baleias, tem viralizado na internet após uma imagem impressionante dele fotografando uma sucuri com mais de 200 quilos.
Veja, abaixo, imagens das sucuris.
![Sucuris gigantes são flagradas durante expedições de fotógrafos subaquáticos em rios do MS Sucuris gigantes são flagradas durante expedições de fotógrafos subaquáticos em rios do MS](https://s02.video.glbimg.com/x240/9338029.jpg)
O fotografo que sempre vêm a Mato Grosso do Sul, contou que planeja voltar em 2022 e se possível, reviver a experiência de fotografar os animais. No Brasil, visitou por quatro vezes Bonito, além do Pantanal, Amazonas e Fernando de Noronha.
Um dos guias e também responsável por auxiliar esses fotógrafos subaquáticos em rios da região de Bonito, Daniel De Granville, conta que seu trabalho é garantir tanto a segurança deles quanto a das sucuris, para que elas não se sintam ameaçadas pela presença do homem.
“Deixo bem claro para os fotógrafos, que aqui não se deve chegar muito perto das sucuris e muito menos encostar nelas, até por conta da nossa legislação. Caso o animal se sinta incomodado, a expedição termina naquele momento”, explicou o biólogo ao G1.
![Mergulhadores estrangeiros captam imagens subaquáticas de sucuri — Foto: Daniel De Granville / Photo in Natura](https://s2.glbimg.com/URJ0XIPEUb7pDYzwMyHOW6IEyYc=/0x0:620x465/984x0/smart/filters:strip_icc()/s.glbimg.com/jo/g1/f/original/2012/01/15/01.jpg)
Mergulhadores estrangeiros captam imagens subaquáticas de sucuri — Foto: Daniel De Granville / Photo in Natura
Granville que também é responsável por fazer registros dos fotógrafos durante as expedições, acabou viralizando na internet. Ele reforça que a difusão das imagens das sucuris vem contribuindo para a desmistificação de que se trata de um animal é perigoso. E as, fotos que mostram tantos detalhes, ajudam no avanço das pesquisas científicas.
“Depois que começamos a exibir fotos assim, os turistas que vêm a Bonito e região têm mostrado mais interesse e curiosidade em ver de perto esses animais”, afirma.
![Sucuris durante acasalamento, em MS. — Foto: Daniel De Granville/Photo in Natura](https://s2.glbimg.com/6-aESgU_rgnJtS1XJdV6NEhyz1I=/0x0:1280x853/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2021/Z/w/HPPGJrTBS2BBpcfPCaNw/7e10ccb6-46bc-4ee3-b185-75576bfa0bab.jpg)
Sucuris durante acasalamento, em MS. — Foto: Daniel De Granville/Photo in Natura
O biólogo também explicou por que o inverno é mais favorável:
“Por conta das baixas temperaturas, nessa época, as noites são frias e, durante o dia, as sucuris costumam sair para tomar sol de manhã e aí é o momento que fica mais fácil para fazer os flagrantes”.
Segundo Granville, é preciso paciência antes de encontrar os animais, porque eles são discretos, não costumam fazer barulhos e não deixam rastros.
O biólogo destaca outro ponto: muitos proprietários rurais hoje demonstram orgulho em ter sucuris em suas propriedades. “Antes era relativamente comum quererem se livrar destes animais, por medo. Hoje eles nos chamam para mostrar o bicho quando encontram”, afirma.
![Sucuri flagrada durante expedição de fotógrafos, em MS. — Foto: Daniel De Granville/Photo in Natura](https://s2.glbimg.com/XV5iXxJCpGajkL6ME8Ax-sBWEOc=/0x0:1132x981/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2021/C/M/4Z9VZ5QpG3t5UKy1Rwbg/whatsapp-image-2021-03-10-at-14.52.15.jpeg)
Sucuri flagrada durante expedição de fotógrafos, em MS. — Foto: Daniel De Granville/Photo in Natura
Fonte: G1