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Do alto, biólogo de MS filma momento em que garças se juntam e ‘imitam’ árvore com flores brancas no Pantanal

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A definição de natureza, para o biólogo Luiz Felipe Mendes, de 27 anos, é “um mundo paralelo, onde você esquece todos os problemas”. Acostumado a fazer flagrantes de animais selvagens, além da flora pantaneira, ele viveu momentos emocionantes no dia 18 deste mês, ao filmar o encontro de milhares de garças que, do alto, pareciam formar uma árvore com flores brancas.
Na ocasião, Luiz conta que estava ao lado da esposa, também bióloga, e da filha do casal, de apenas 2 anos. A família mora em Dois Irmãos do Buriti, na região oeste do estado. Durante um passeio, ao passar no distrito de Palmeiras, na MS-450, altura do Km 7, eles não só presenciaram um lindo fim de tarde, mas, também um encontro de milhares de garças.

“Nós gostamos muito de levar a Maria, a nossa filha, para passear e ter contato com a natureza. Eu também sou produtor audiovisual e sempre que posso, faço algum serviço. Quando é no Pantanal ou então tenho que ir em Bonito para fazer fotos, por exemplo, vamos todos juntos. Neste dia, fazendo um tour pela estrada parque de Piraputanga, presenciamos o pôr do sol e depois teve esse encontro das garças”

— afirmou Luiz.

Conforme Luiz, no dia anterior ele já tinha presenciado a chegada das garças, mas, a luminosidade não estava boa e ele tinha um compromisso na cidade vizinha. “Achei tão interessante aquilo e queria ver de perto, só que tinha horário para chegar em Aquidauana. Depois, eu retornei e já me programei, levando os meus equipamentos. Na hora certa e ao lado da família, nós ficamos ali contemplando a natureza”, comentou.

Quando as garças apareceram, Luiz ressalta que, com muita cautela, começou a levantar o drone para não espantar os animais. “Aí elas começaram a chegar e renderam várias fotos. É um encantamento olhar de perto, mas, a gente só via uma face da árvore e, depois, ao olhar as imagens e vídeos, deu para ter noção do que são essas garças vaqueiras. Foi possível ter uma dimensão e eu chamei aquele momento de florada das garças”, explicou.

Foi um presente, biz biólogo

Por fim, Mendes ressalta que, do alto, a imagem ficou semelhante a um ipê branco ou uma outra espécie de árvore com flores brancas. “Era tanta garça reunida que ficou parecendo isso mesmo. Eu até usei a referência de uma poesia do Manoel de Barros para postar nas minhas redes. Eu gosto demais das poesias dele, acho que representa muita bem a natureza e a beleza daquelas garças. Foi um presente e sei que acontece essa movimentação mesmo, elas vão atrás de comida em outro local agora”, disse.

Encantado com o pantanal sul-mato-grossense, Mendes diz que estudou biologia justamente por morar na região e ser encantado com a região. “Eu amo tudo isso aqui e foi lá também onde conheci a minha esposa. E é impressionante, ela também fica encantada demais quando está em contato com a natureza. Acho que é inclusive um gás a mais pra gente continuar com o nosso trabalho. A natureza é pura, agradáve, uma dádiva mesmo”, finalizou.

Nas andanças pelo pantanal, biólogo já tinha registrado triste queimada, onde ipê resistiu em meio a devastação — Foto: Luiz Mendes/Arquivo Pessoal

Nas andanças pelo pantanal, biólogo já tinha registrado triste queimada, onde ipê resistiu em meio a devastação — Foto: Luiz Mendes/Arquivo Pessoal
Fonte: Caçula FM 

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