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Bonito conta com casos de novas mutações do coronavírus

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As variantes do coranavírus P1 e P2 foram detectadas em 40,94% das amostras sequenciadas de pacientes infectados pela Covid-19 em Mato Grosso do Sul. Para o diretor do Laboratório Central de Mato Grosso do Sul (Lacen-MS), Luiz Henrique Demarchi, o aumento da circulação das novas cepas no estado é fatídico.

O Lacen-MS divulgou o mapa genômico de 127 amostras que foram enviadas para sequenciamento na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) de Mato Grosso do Sul e do Rio de Janeiro, no Instituto Adolfo Lutz e na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, com a análise, além das cepas P1 e P2, outros 8 genomas (mutações) estão em circulação no Estado.

Nas 127 amostras, foram detectadas os seguintes genomas, quantidades e nas cidades:

  • B.1.1.28 – 42 casos detectados em amostras de pacientes de Amambai, Aquidauana, Bandeirantes, Bonito, Campo Grande, Chapadão do Sul, Douradina, Dourados, Guia Lopes da Laguna, Inocência, Itaporã, Itaquiraí, Jardim, Maracaju, Miranda, Nova Alvorada do Sul, Paranaíba, Ponta Porã, Ribas do Rio Pardo, Rio Negro, Sonora, Tacuru e Três Lagoas;
  • B.1.1.33 – 24 casos detectados em amostras de pacientes de Água Clara, Anastácio, Campo Grande, Chapadão do Sul, Corumbá, Coxim, Dourados, Fátima do Sul, Figueirão, Iguatemi, Ladário, Miranda, Rio Negro, Selvíria, Sonora, Três Lagoas e Vicentina;
  • P1 – 29 casos detectados em amostras de pacientes de Bodoquena, Campo Grande, Corumbá, Deodápolis, Eldorado, Itaporã e taquiraí;
  • P2 – 23 casos detectados em amostras de pacientes de Campo Grande, Corumbá, Dourados, Eldorado, Iguatemi, Miranda, Nova Alvorada do Sul, Nova Andradina e Ponta Porã;
  • B1.1.274 – 1 detectado na amostra do paciente de Ladário;
  • B.1 – 3 detectados em amostras de pacientes de Campo Grande e Três Lagoas;
  • B1.1 – 1 detectado na amostra do paciente de Campo Grande;
  • B.1.1.247 – 1 detectado na amostra do paciente de Nova Andradina;
  • B.1.212 – 2 detectados em amostras de pacientes de Campo Grande e Chapadão do Sul;
  • B.1.240 – 1 detectado na amostra do paciente de Fátima do Sul.

O diretor do Lacen explica que não são todos os testes feitos em Mato Grosso do Sul que são enviados para sequenciamento genético. “Nós mandamos uma porcentagem para monitoramento para saber qual a variante que está no estado, aquelas que são suspeitas de reinfecção e os suspeitos de alguma determinada variante”, esclareceu Demarchi.

O que torna a variante brasileira do coronavírus tão perigosa?

Demarchi deixou claro às evidências sobre a a agressividade das variantes. O especialista disse que a A P2 é menos agressiva que a P1.

“Na P1, nós temos percebido uma maior piora no quadro clínico do paciente, uma dificuldade no quadro. Este pacientes apresentam um quadro mais severo na contaminação. Até mesmo o poder de contaminação é maior. Outra questão é que temos visto uma diferença nas respostas aos tratamentos naqueles contaminados com a P1”, disse o diretor do Lacen.

Um novo estudo feito pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), identificou que 82% de 32 amostras analisadas são da variante brasileira do coronavírus, denominada por P1. Os dados genéticos foram estudados entre os dias 6 e 9 de abril.

Para divulgar a informação, o site oficial do Governo de Mato Grosso do Sul apontou que a nova variante, a P1, “já predomina” em todo o estado. A cepa, que tem maior transmissibilidade, segundo o estudo, tem atingido a população mais jovem de Mato Grosso do Sul. Este grupo, infectado pela nova cepa, tem apresentado uma evolução mais rápida da doença e maior gravidade.

 

Fonte:G1MS

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