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Assassino de Major, morto em Bonito, tem pena aumentada

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A um dia de completar dois anos da morte do major da reserva do Exército Paulo Settervall, de 57 anos, assassinado em 14 de abril de 2019, em Bonito, foi julgado nesta terça-feira (13), o recurso de apelação proposto pela defesa da família da vítima para aumento de pena de Bruno Rocha condenado pelo crime.

Na nova decisão da justiça, a pena foi redimensionada do patamar aplicado em Bonito, no dia 11 de dezembro de 2020, quando Bruno foi julgado e condenado a 14 anos de prisão, para 16 anos e 3 meses.

Apesar do aumento de pena, o advogado que representa a família do major acredita que a defesa de Bruno irá entrar com recurso já que durante a reavaliação de sentença, um dos desembargadores foi contra.

Se for o caso, o advogado José Roberto da Rosa informou que pretende recorrer ao Superior Tribunal de Justiça em busca da pena maior.

“É um patamar inferior aquele que nós buscamos nesse recurso, mas já é algo que traz um certo conforto para esta família. Hoje, tivemos a justiça mais uma vez aplicada. Porém, a família do major não irá desistir e vamos até os últimos recursos buscando aquilo que a lei nos permite que é a aplicação de uma pena justa para este crime tão brutal”, disse da Rosa.

A viúva do major, Elaine Setterval, não ficou totalmente satisfeita com o resultado da reavaliação de sentença desta terça-feira (13).

“Não estou feliz, não estou triste porque da justiça humana a gente não pode e nem deve esperar absolutamente nada. Hoje, completa 2 anos do assassinato do meu esposo, meu filho um órfão, eu sobrevivo seguindo a minha vida sem meu esposo, meu amado, meu melhor amigo, meu companheiro. Eu digo, está sendo feito a justiça? Até que ponto?”, lamentou Elaine.

Major Paulo era professor de matemática e trabalhou ativamente no Colégio Militar de Campo Grande, entre 1997 a 2010, onde lecionava. Ele e Elaine tiveram um filho que completou 15 anos em dezembro de 2020 e, assim como a mãe, faz acompanhamento psicológico para lidar com a morte do pai.

Relembre o caso – Na noite de 14 de abril de 2019, Paulo Setterval estava em frente ao hotel fumando um cigarro, quando Bruno, que seguia em uma bicicleta, o encontrou e alegou ter pedido um cigarro e se ofendido pelo fato do major ter lhe negado.

Em seguida, Bruno terminou de descer a rua, deixou a bicicleta e voltou sem ser percebido atacando com uma faca o major pelas costas, “de maneira sorrateira e insidiosa”, de acordo com denúncia.

Cerca de 30 horas após o crime, Bruno foi preso por homicídio qualificado, por motivo torpe e uso de meio que dificultou a defesa da vítima.

Bruno Rocha, acusado de matar o major da reserva (Arquivo)

No decorrer do processo, o acusado foi diagnosticado com síndrome de dependência em grau moderado, de álcool e drogas, depois de ser submetido a exame de sanidade mental, solicitado pela defesa.

O perito responsável pelo laudo psiquiátrico, identificou em Bruno capacidade plena de entender o “caráter ilícito do fato” e atestou que ele estava com a autodeterminação diminuída, “mas não abolida”, no momento em que cometeu o crime.

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