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Osaka proíbe passagem nas ruas da tocha olímpica devido à situação sanitária

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O governador da região administrativa de Osaka, na região oeste do Japão, anunciou nesta quarta-feira a proibição da passagem da tocha olímpica dos Jogos de Tóquio-2020 em todas as vias públicas da província, devido à situação sanitária. “Pedimos a todos os habitantes da região administrativa de Osaka que evitem qualquer saída que não seja essencial e urgente. Por isso, vamos cancelar, por sua vez, o revezamento da tocha olímpica nas vias públicas”, explicou Hirofumi Yoshimura.

Yoshimura acrescentou que se estuda a possibilidade de realizar o revezamento em um parque fechado ao público. Os organizadores dos Jogos disseram que aceitam a proposta. O diretor-geral de Tóquio 2020, Toshiro Muto, ressaltou a importância de se realizar o revezamento, apesar de tudo, já que, embora os Jogos “aconteçam em Tóquio, a passagem da chama mostra que pertencem a todo Japão”.

Em um comunicado oficial emitido nesta quarta-feira, o Comitê Organizador dos Jogos de Tóquio-2020 ressaltou que tomará “todas as medidas necessárias para assegurar um entorno seguro para os portadores da tocha que desejarem correr”, e que “nenhum espectador” poderá acompanhar a passagem da chama nos dias que em estiver em Osaka.

O revezamento da tocha olímpica começou em 25 de março em Fukushima (nordeste do Japão) e deve atravessar a região administrativa de Osaka nos próximos dias 13 e 14. Pelo que se viu em outras províncias durante a passagem da tocha, com grandes grupos de pessoas esperando por sua passagem, Yoshimura julgou sua viagem por Osaka “inadequada”.

“Embora tomemos medidas, a passagem da chama provoca a concentração de pessoas. Os moradores querem vê-la”, disse. Yoshimura já havia declarado na última sexta-feira que o revezamento da tocha não deveria passar pelas ruas da cidade de Osaka, a terceira mais populosa do Japão, devido ao preocupante aumento de casos de covid-19.

A prefeitura de Osaka registrou um novo recorde de casos diários de covid-19 nas últimas 24 horas (878), batendo o recorde alcançado na véspera e superando os números de Tóquio (555 positivos). A tendência é de alta. As autoridades locais em Osaka declararam uma emergência médica nesta quarta-feira e medidas similares devem ser adotadas em Tóquio.

A pouco mais de 100 dias para a Olimpíada de Tóquio (de 23 de julho a 8 de agosto), os organizadores enfrentam cada vez mais dificuldades. Na última terça-feira, um evento teste de polo aquático marcado para este final de semana teve de ser adiado devido às restrições de acesso ao país para visitantes estrangeiros.

Com isso, aumentam as dúvidas a respeito dos 17 eventos teste previstos para antes do início dos Jogos. Na semana passada, a Federação Internacional de Natação (Fina) declarou a sua intenção de adiar as seletivas olímpicas que aconteceriam na segunda quinzena deste mês no Japão.

 

Fonte:Estadão

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