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Pandemia pode melhorar em abril com medidas restritivas

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Para conter novo colapso do sistema de Saúde em função da pandemia de Covid-19 em abril, Campo Grande deve manter as medidas de restrição e vacinar a população rapidamente, segundo infectologistas.

De acordo com os especialistas, mesmo após uma semana de medidas restritivas na Capital, a média de casos continua em alta, com cerca de 500 contaminados por dia, e a situação pode piorar até a próxima semana.

Para o infectologista da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Julio Croda, uma semana de restrições é muito pouco para gerar impacto, e o número de casos novos em Campo Grande continua em alta no mínimo até a semana do dia 7 de abril.

Croda explica que o aumento de casos nos últimos dias tem relação com a nova cepa e principalmente com a atitude da população durante os fins de semana e feriados. O infectologista destaca que, se as medidas não forem mantidas, em poucos dias o Estado estará em crise no sistema de Saúde.

“Em menos de um mês, se abrir com mais de 80% de ocupação de leitos, vai reabrir no colapso. Então, o que já tiver de casos, com a manutenção, vai manter o sistema no colapso. Também precisa-se vacinar pelo menos 70% ou 80% para caírem os casos por conta da vacinação”, detalha o infectologista.

O infectologista Rivaldo Venâncio afirma que a pandemia só ficará mais branda, com menos casos e mortes, no fim de abril. “Uma semana é muito pouco tempo para perceber algum impacto. Bem para o fimde abril, quem sabe a situação melhore. Mas, para isso, seriam necessárias medidas mais restritivas”, pontua.

Em março a média móvel de casos diários se manteve acima de 100 confirmações em Campo Grande. Durante as primeiras três semanas, a cidade registrou média de 248,1 casos, 325,7 casos e 340,2 casos por dia, respectivamente. Na semana do dia 22 ao dia 28, a média aumentou para 365,4 casos, e ontem foram notificadas 613 confirmações em 24 horas.

Medidas restritivas

Desde ontem, a mobilidade urbana mudou em Campo Grande, mas não muito. Com o fim da semana de restrições que teve validade até domingo, nesta segunda passaram a vigorar as restrições impostas pelo governo de Mato Grosso do Sul, que começaram na sexta-feira e vão até o dia 4 de abril.

O comércio e atividades consideradas não essenciais, como lojas de roupas e calçados e outros prestadores de serviços, continuam sem poder funcionar com atendimento presencial.

Durante toda a semana, nos horários não compreendidos pelo toque de recolher, o comércio em geral, mesmo com as portas fechadas, poderá vender seus produtos por meio de delivery e atendimento remoto.

Vacinação  

De acordo com o Vacinômetro, Campo Grande vacinou 66,20% da população estimada, com 96.822 aplicações da primeira dose. A segunda dose já foi dada a 25.309 campo-grandenses, ou seja, 17% da população está imunizada contra a Covid-19.

Hoje idosos de 66 anos já podem tomar a 1ª dose da vacina, o atendimento ocorre em mais de 50 pontos de imunização espalhados pelas sete regiões da Capital. Conforme o levantamento da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), a estimativa é vacinar 5.330 pessoas nesta faixa etária.

Com 10,06% da população vacinada, Mato Grosso do Sul ocupa o 1º lugar no ranking de vacinação no Brasil. Já foram aplicadas 373.676 doses, sendo 282.636 da primeira e 91.040 da segunda. Ao todo, o Estado já recebeu 467.010 imunizantes.

As cidades sul-mato-grossenses com maior porcentual de aplicação da primeira dose na fase 1 de vacinação são Jateí (103,99%), Antônio João (103,46%), Pedro Gomes (102,44%), Alcinópolis (101,89%), Laguna Carapã (101,79%) e Nova Alvorada do Sul (101,09%). Esse porcentual na Capital é de 66,20%.

Leitos

De acordo com o boletim epidemiológico, o Estado contabilizava 1.144 pessoas internadas nesta segunda-feira, sendo 693 em leitos clínicos (483 públicos; 210 privados) e 451 em leitos de unidades de terapia intensiva (UTIs) (345 públicos; 106 privados).

A ocupação global de leitos de UTI do Sistema Único de Saúde (SUS) na macrorregião de Campo Grande está em 107%, na de Dourados, em 92%, na de Três Lagoas, em 94%, e na de Corumbá, em 100%.

Em meio ao colapso no sistema de Saúde, Mato Grosso do Sul tem 181 pessoas infectadas com Covid-19 à espera de leitos clínicos ou de UTI, conforme os dados da Secretaria de Estado de Saúde (SES) desta segunda-feira.

De acordo com a SES, a maioria desses pacientes estão em Campo Grande: são 96 pessoas na Capital aguardando uma vaga. Somando todas as 18 cidades que compõem a macrorregião de Campo Grande, são 130 pessoas à espera de um leito.

 

 

 

Fonte:CE

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