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Governo do Estado quer firmar pacto entre os municípios de MS

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O governo de Mato Grosso do Sul quer envolver todos os 79 municípios em um pacto para fazer frente ao avanço da Covid-19 no Estado. O boletim epidemiológico de domingo trouxe a confirmação da doença como causa de 30 mortes, o que havia se repetido pela última vez em janeiro.

Além disso, o caos nos hospitais avança severamente no interior. Ontem à tarde, a Secretaria de Saúde recebeu a informação de que não há mais vagas em leitos de terapia intensiva em todas as macrorregiões.

A ideia de unir todas as prefeituras partiu de uma declaração do secretário de Estado de Governo e Gestão Estratégica, Sérgio Murilo.

“A terceira onda de contágio é mais grave que as duas primeiras, porque o vírus se tornou mais transmissível e está gerando um número exponencial de doentes, colocando em risco a capacidade de atendimento do sistema de saúde”, afirmou.

Para Murilo, é preciso que os municípios alinhem as medidas sanitárias que, segundo ele, podem ajudar a frear a contaminação massiva.

Como resultado, espera-se aumento nos níveis de isolamento social, baixa mobilidade urbana e atividades econômicas rigorosamente controladas por regras especiais de biossegurança.

“O que as pessoas não estão querendo entender é que, sem esforço e uma parcela de sacrifício agora, vamos prorrogar por um longo tempo os efeitos da pandemia. É melhor fazer o que é preciso ser feito, para que não seja preciso adotar mais medidas restritivas e por períodos mais longos”, disse o secretário.

Apenas três dos 79 municípios estão com nível mais tolerável de incidência da doença, o que exige, da

parte dos prefeitos e gestores, uma nova postura neste momento, defende Murilo.

SEM LEITOS

Ao Correio do Estado, o secretário de Estado de Saúde, Geraldo Resende, afirmou que há hospitais com mais de 100 por cento de ocupação.

No boletim de domingo, algumas macrorregiões ainda estavam na casa dos 80% de ocupação de leitos para Covid-19, mas a situação mudou rapidamente, de modo que durante a tarde, segundo ele, as vagas se esgotaram.

“Vagas que surgem infelizmente são em decorrência do óbito de pacientes gravíssimos que já estavam internados. Vamos torcer para que o resultado do decreto seja efetivo e que haja principalmente a colaboração por parte da população”, afirmou.

Questionado sobre a implantação de novos leitos, Resende afirma que “não existem mais condições”.

“Acabou o esforço. Não temos mais para onde recorrer. Estamos aguardando a instalação de novos leitos pactuados em Dourados, são 15 no total, sendo 10 no Hospital Universitário e outros cinco no Santa Rita. Demos 10 dias para a montagem, que vencem hoje [segunda-feira]. Além disso, há 10 leitos pactuados em Ponta Porã e outros 10 em Três Lagoas. A partir daí, eu acredito que seja impossível a implantação de novos leitos, mesmo porque não teríamos profissionais para atendê-los”, ressalta Resende.

Das 30 novas mortes, 14 vítimas eram de Campo Grande e tinham idades entre 37 e 91 anos, 17 eram mulheres e 13 homens. Apenas cinco pessoas não tinham comorbidades ou apresentavam fatores de risco.

Desde o início da pandemia, Mato Grosso do Sul soma 194.346 confirmações e 3.614 mortes por Covid-19. Do total, 179.506 pessoas já estão recuperadas, 10.400 estão com o vírus ativo e cumprem isolamento domiciliar e 826 estão internadas.

Em contrapartida, a vacinação continua de forma lenta, por conta da demora do governo federal para disponibilizar novas doses.

De acordo com o Vacinômetro, plataforma que disponibiliza dados sobre a situação do processo de imunização em cada município do Estado, 227.880 doses já foram aplicadas no Estado.

Para o secretário, é importante que a população seja vacinada. “Além do processo de higiene, usar máscara, distanciamento social, a gente aponta mais uma coisa importante no processo de enfrentamento à Covid-19: a vacina”, completa.

 

Fonte:CE

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